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Resenha: Zohrn Compendium #1 e 2
Por Eloyr Pacheco
16/01/2006

Jamais deixarei de elogiar iniciativas como a que o editor e quadrinhista JJ Marreiro tomou: reunir todas as Histórias em Quadrinhos de Zohrn em uma única publicação, na verdade, em duas.

Zohrn Compendium #1 e 2 (divulgadas aqui) reúnem as aventuras do personagem criado por Marreiro em 1993/94 e que foi publicado pela primeira vez no fanzine Pergaminho #0. A atitude, tomada depois de alguma relutância devido a evolução do trabalho de Marreiro e seu questionamento se deveria mostrar o quanto aprendeu e evoluiu, tem mérito exatamente por isso: mostrar a evolução do trabalho do quadrinhista, a evolução do personagem e suas experiências em outros estilos e, até mesmo, nas mãos de outros artistas.

Zohrn Compendium #1 reúne seis aventuras do "Elfão". São elas: O sangue de Silah, produzida em 1994 e publicada no Pergaminho #0; Os olhos de Turan, de 1995, também publicada no Pergaminho; O Ícone de Jahal, de 1996, com arte-final de Eduardo Ferreira e publicada no Manicomics #5; Belos olhos violeta, de 1996 e O sacrifício dos Arcanos, também de 1996, com quadros de páginas inteiras e realizada em parceria com Geraldo Borges. A edição também apresenta as fichas de Zohrn e de Lenka e uma ilustração que foi capa da Manicomics #4.

Zohrn Compendium #2 tem 11 HQs: de 1997, O templo do terror; Asas malditas; O fantasma do duque; A criatura do vale, sendo que estas três últimas têm arte de Valdujunio Rodrigues; Encontros mortais; Cilada; O valor mais alto - onde Marreiro testa o personagem em outro tipo de traço; Visitante indesejado (as três últimas foram produzidas em 1998); Libertem os cães de guerra, de 2001/2, um exercício de Daniel Brandão, com arte final de Cristiano Lopes, em cima de um roteiro de Andy Kubert; Coração partido, de 2004, no traços de Allan Goldman, e O fantasma de Forgrander, de 1999, com roteiro de Fernando Lima. A edição apresenta ainda o conto Jornada Mortal (1996) publicado no Pergaminho Especial #2.

Enquanto JJ Marreiro utiliza um traço limpo - estilo "linha clara" - para o personagem, Valdujunio Rodrigues (que também assina Valdir Cruz) em A criatura do vale experimentou algo "Image", funciona, mas jogou o personagem em um lugar comum enquanto Allan Goldman na HQ Coração partido experimentou algo no estilo "Mignola" e se saiu muito bem.

Zohrn Compendium pode ser bastante interessante para os que desejam, além de ler divertidas HQs, buscar um caminho para suas criações. O interessado pode aprender com as experiências de JJ Marreiro, não repetindo seus erros e copiando seus acertos. Prefiro, sem dúvida, o personagem no traço limpo de Marreiro e em argumentos leves e divertidos, com o toque de humor negro inerente à criatura que criou.

Cada edição de Zohrn Compendium tem 52 páginas e o processo de duplicação foi feito com xerox, o que não proporciona uma qualidade eqüitativa nos exemplares produzidos. Vale a pena: diversão garantida.

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