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Crítica: X-Men – O Confronto Final
Por Humberto Yashima
29/05/2006

Tempestade (Halle Berry) e Wolverine (Hugh Jackman)
 em X-Men - O Confronto Final


Com a saída de Bryan Singer, que dirigiu os dois primeiros filmes da saga dos mutantes da Marvel no cinema para se dedicar ao “super” esperado Superman – O Retorno, temia-se que X-Men – O Confronto Final (X-Men – The Last Stand) resultasse em um fiasco. Felizmente, não foi o que aconteceu e o diretor Brett Ratner (cinessérie A Hora do Rush; Dragão Vermelho) finalizou um filme tão movimentado e visualmente espetacular quanto o segundo.

Os atores Hugh Jackman (Logan/Wolverine), Halle Berry (Ororo Munroe/Tempestade), Ian McKellen (Eric Lensherr/Magneto), Famke Janssen (Jean Grey), Patrick Stewart (Professor Charles Xavier), Anna Paquin (Marie/Vampira), James Marsden (Scott Summers/Cíclope), Shawn Ashmore (Bobby Drake/Homem de Gelo), Rebecca Romijn (Raven Darkholme/Mística), Aaron Stanford (John Allerdyce/Pyro) e Daniel Cudmore (Peter Rasputin/Colossus) retornaram para a terceira aventura dos mutantes; Alan Cumming (Kurt Wagner/Noturno) ficou de fora. Kelsey Grammer (Dr. Hank McCoy/Fera), Vinnie Jones (Fanático), Ben Foster (Warren Worthington III/Anjo), Eric Dane (Jamie Madrox/Homem Múltiplo), Dania Ramirez (Callisto) e Olivia Williams (Dra. Moira MacTaggert) foram as principais novidades no elenco, além de Ellen Page, que substituiu Katie Stuart no papel de Kitty Pride/Lince Negra.

O filme começa muito bem, com uma seqüência de ação na Sala de Perigo – onde os X-Men são treinados em simulações holográficas de combate – com Wolverine, Tempestade, Colossus, Kitty Pride, Vampira e Homem de Gelo enfrentando um robô Sentinela em um cenário pós-apocalíptico. Com a descoberta de uma “cura” para o gene X na forma de uma vacina que transforma mutantes em humanos comuns, Magneto reúne um verdadeiro exército para impedir o fim do “homo superior” e só terá em seu caminho os pupilos do Professor X. Jean Grey, a telepata/telecinética mais poderosa do planeta, reaparece e transforma-se na Fênix (em um flashback é revelado que Xavier e Lensherr – o futuro Magneto - a trouxeram para a academia de mutantes ainda criança; Jean desenvolveu dupla personalidade quando o Professor estava criando “travas psíquicas” para que ela não perdesse o controle de seus poderes), nova aliada do vilão que torna a vitória da equipe de heróis quase impossível.

Ratner realizou cenas eletrizantes de ação, com Wolverine levando uma surra do Fanático, Xavier enfrentando a Fênix, Kitty Pryde contra (ou fugindo do) Fanático, Tempestade contra Callisto e Homem de Gelo contra Pyro – só para citar algumas das principais lutas e não “entregar” tudo o que acontece. O roteiro de X-Men – O Confronto Final, assinado por Simon Kinberg e Zak Penn, consegue aproveitar as “deixas” do filme anterior e satisfazer aos fãs de quadrinhos com a utilização de dezenas de personagens ainda não vistas no cinema, além de referências a histórias clássicas. Por exemplo: a transformação de Jean em Fênix é uma adaptação da Saga da Fênix Negra, criada por Chris Claremont e John Byrne nos anos 1980; o Fera utiliza-se do seu chavão “Ai, minha Santa Aquerupita!” (“Oh, my stars and garters”, no original), que ficou muito conhecido na época em que o herói fazia parte dos Vingadores; e o famoso "arremesso especial", no qual Colossus joga Wolverine contra os inimigos (mostrada na cena de treinamento na Sala de Perigo). 

A qualidade da produção, somada a uma história consistente - que discute a questão de preconceito racial de forma direta (humanos contra mutantes) – e ao empenho do elenco, fez com que X-Men – O Confronto Final se tornasse uma ótima adaptação dos quadrinhos criados por Stan Lee (que faz sua costumeira ponta no filme). Ah, não percam a cena extra após os créditos finais...

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