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Como foi: terceiro dia do 6º FIQ (MG)
Por Matheus Moura
09/10/2009

Exposição de Bené Nascimento


O terceiro dia (8) de FIQ começou com a área dos estandes interditada para os visitantes. Durante toda a manhã e grande parte da tarde a empresa montadora da estrutura do evento trabalhou para tentar resolver os problemas do dia anterior. Para isso, todos os boxes foram realocados. Para se ter uma idéia, a Leitura (uma das grandes livrarias de BH e que mantém espaço no local) voltou a vender somente após as 16h. Porém, do outro lado do evento, na parte interna do Palácio das Artes, as atividades funcionaram normalmente. Via-se grupos de crianças passeando por todo o local, visitando exposições, oficinas infantis e a mostra de animação. Apesar de o público em geral poder interagir com a área dos estandes somente no início da noite, vários expositores disseram que ontem havia sido o melhor dia desde a abertura. No estande das Revistas Dependentes, onde há título como Samba, Prego, Quase, dentre outras, foi dito que, somente com essa noite, conseguiram vender o mesmo que durante todo o dia anterior. Alguns expositores acreditam que pode ter a ver com a presença dos gêmeos e Moon, uma vez que eles estiveram presentes no estande dos 10 Pãezinhos, juntamente com Gustavo Duarte, autor da revista .

Sílvio Alexandre (no centro, com o microfone), entre Giséle de Haan
(à esquerda) e Sierra Hahn (à direita)


No mais a programação do FIQ seguiu normal, com o bate-papo sobre Mercado Editorial, tendo como participantes Gisèle de Haan (FRA), Sierra Hahn (EUA) e Silvio Alexandre. Silvio começou a apresentação mostrando dados a respeito do mercado nacional de livros em geral. Alguns pontos interessantes levantados por ele foram quanto ao Brasil ser o 8° no ranking mundial em produção de livros, o país ter vendido 186 mil exemplares em 2007, existir cerca de 3 mil livrarias no Brasil, sendo que o ideal seria 7 mil; no país 20% da população consome 70% da produção de livros, etc. Logo em seguida, Gisèle deu início aos seus comentários quanto ao cenário de Quadrinhos na França. Antes um pouco, ela comentou de si mesma. Atualmente ela é a editora-chefe da Dargaud. Na França, de acordo com Gisèle, o mercado de HQs movimenta 350 milhões de Euros, sendo dividido em 40% mangás, 40% produção franco-belga e 10% os independentes. Passando a palavra para Sierra Hahn, editora da DarkHorse, ela também comentou o início de carreira descrevendo já ter trabalhado na DC/Vertigo, e, na DarkHorse, começou editando o título Buffy. Para Sierra, atualmente o desafio nos EUA é fazer as pessoas entenderem que HQs são mais do que super-herois da Marvel e DC, além de expandir o mercado para o público feminino. Ela disse ter se espantando ao ver no Brasil a grande quantidade de mulheres que se interessam por HQs. Ela comentou ainda que os pontos de venda nos EUA estão mudando. As tradicionais lojas especializadas em HQs perdem força e a tendência é fazerem como no Brasil, migrando parte da produção para as livrarias. Durante as perguntas houve exposições interessantes como quando Gisèle mencionou que na França há de 300 a 600 títulos lançados por ano no país. Ela comentou também que se um título qualquer em duas semanas não conquistar seu público, ele está fadado a ser cancelado. Por parte de Sierra, ela expôs que atualmente os mercados de HQs mais importantes para os EUA são o espanhol e italiano.

Romero Carvalho (à esquerda) e Ben Templesmith (centro)


Na seqüência dos bate-papos, foi a conversa com Ben Templesmith. Na mesa havia Ben e o jornalista Romero Carvalho, o qual iniciou o a mesa com algumas perguntas. Destaque para a que abordou o filme 30 Dias de Noite. De acordo com Templesmith a parte visual do filme lhe agradou bastante, mas ele também não saberia julgar direito a história, uma vez que ele não escreveu a HQ. Depois ele comentou do seu próximo lançamento, Choker, uma mini-série em 6 edições que será publicado pela Image. De extremo bom humor, Templesmith descreveu um pouco de seu processo de criação, mostrando ilustrações diversas, sempre intercaladas com piadinhas. Como saldo para o terceiro dia, apesar dos problemas dos dois primeiros dias, parece que agora o evento emplaca. Até porque, de sexta para domingo o FIQ terá uma agenda repleta de eventos. Saiba como foi o primeiro dia (aqui) e o segundo dia (aqui) do evento.

(fotos: Matheus Moura)

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