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Resenha: O Curupira
Por Leonardo Santana
20/03/2007

É sempre difícil resenhar trabalhos de gênios. O que falar senão o óbvio? Mas, se não falamos, o que fazemos, então? Ignoramos? Jamais! Mesmo partindo do óbvio, é preciso destilar o néctar adocicado produzido por esses gênios e apresentá-los, uma vez, duas vezes, cem vezes mais – que seja! – às novas gerações e aos que já tiveram o prazer de saborear essas especiarias.

E é assim que o álbum O Curupira, de Flávio Colin, editado pela Pixel Media, é: uma fruta doce, tropical, saborosa e autenticamente Brasileira. Flávio Colin consegue, como sempre, nos surpreender com sua simplicidade genial ao nos contar histórias com esse personagem de nossa tão pouca explorada cultura, o pequeno curupira, uma entidade das florestas da Amazônia que protege a fauna e a flora contra os desmandos e a ganância do homem. Ou, pelo menos, tenta. O trabalho do artista teve um merecido tratamento de luxo, dado pela Pixel, que inicia-se com uma breve biografia e apresentação do artista feita pelo repórter Rodrigo Fonseca e segue com 5 maravilhosas HQs totalmente coloridas do Mestre Colin com o Curupira.

Todas as histórias são muito bem conduzidas por Colin, que mistura o folclore brasileiro, humor infantil, um leve toque de terror e conscientização ecológica. Neste ponto, fica o destaque para a última e melhor de todas as histórias, A Queimada, onde o curupira, numa grande área recentemente destruída pela queimada, encontra-se com o alienígena “ponto com” e ambos conversam sobre a inconseqüência humana e os seus irracionais atos de destruição da natureza. Uma verdadeira obra-prima. Aliás, Flávio Colin e obra-prima parecem ter se tornado sinônimo de tanto andarem juntos.

É preciso, porém, mencionar que as cores – as mesmas que transformaram ainda melhor a experiência de se saborear um Flávio Colin – estavam um tanto quanto inconstantes no decorrer da publicação. As muitas onomatopéias sem cores distoavam um pouco dentro do álbum e as cores do próprio curupira, às vezes, ficavam fortes demais, prejudicando o desenho de Colin.
 
Este pequeno senão, no entanto, não é, nem de longe, suficiente para ofuscar ou depreciar esse belíssimo trabalho proporciano por Flávio Colin e a Pixel Media, que está de parabéns pela fantástica iniciativa.

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