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Resenha: Katita, Tiras sem preconceito
Por Humberto Yashima
28/02/2007

O livro Katita, Tiras sem preconceito (Marca de Fantasia, 2006 - Coleção Das Tiras, Coração #13), que reúne 86 tiras em preto e branco, escritas por Anita Costa Prado e ilustradas por Ronaldo Mendes, foi o grande responsável por sua autora levar para casa os troféus de Melhor Lançamento e Melhor Escritora de 2006 no 23º Prêmio Angelo Agostini. Um texto de apresentação assinado por Edgard Guimarães, Militância e Quadrinhos, abre a publicação falando sobre o trabalho de Anita.

Inspirada em situações do seu cotidiano, Anita criou Katita e os diversos personagens que convivem com a moça (estes inspirados em amigos da escritora) para trazer ao público de Quadrinhos uma mensagem de “não ao preconceito”. Com muito bom humor, a autora mostra a lésbica Katita, grande defensora dos homossexuais, “cutucando” em algumas tiras o preconceito contra as pessoas consideradas de baixa estatura ou fora do peso ideal. A personagem não tem papas na língua para expor sua opinião sobre machismo, programação de TV, o destino final dos preconceituosos, propaganda política recebida pelo correio, revistas de fofoca e fast food, entre outros assuntos “polêmicos”.

A grande maioria das tiras explora as preferências sexuais de Katita, que namora, admira e/ou “canta” as mulheres que encontra pela frente, mas também há piadinhas sobre gírias (peludinha, perereca, periquita), namoro por Internet, futebol, seios turbinados, comida, Parada do Orgulho Gay... Em Katita, Tiras sem preconceito, os diálogos criados pela paulistana Anita Costa Prado encontraram seu par perfeito nos desenhos do cearense Ronaldo Mendes, que possui um traço limpo e agradável.

Além da qualidade dos textos e desenhos, o fato de não haver qualquer tipo de preconceito (apenas o combate a esse mal) nessas tiras criadas por Anita é motivo de sobra para que elas sejam conhecidas por um grande público, objetivo que começou a ser alcançado com a publicação desse livro. E talento é talento, não importando o sexo, cor, credo, tamanho, peso, idade ou grau de instrução (ou qualquer outra coisa) de quem o tem.

 Veja também:

Entrevista: Anita Costa Prado (Poesia e Quadrinhos contra o preconceito!)

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