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Por Eloyr Pacheco 01/07/2005
Laerte - Imagina, esculachar. Aquilo é puro amor. A frase sobre o segredo do morcego é prova disso. Sempre curti o Batman, assim como Tarzan e vários cowboys. Superman um pouco menos. É sabido que você estudou na USP; o que você estudou? Foi nessa época que surgiu a Balão, qual foi a sua participação nela? Estudei música e, depois, jornalismo. Nunca me formei. Desenhava no jornal do Centro Acadêmico e fundei o Balão, com o Luiz Gê. Foi o Willy Correa, meu professor de música, quem me convenceu a deixar de bobagem e virar desenhista de uma vez. Como foi a experiência com a Balão? Serviu de laboratório para você ou você nem imaginava fazer o que faz hoje profissionalmente? Criar tiras e publicar em jornais para depois ir para as revistas e livros: você acha que esse caminho ainda é o melhor para surgirem novos quadrinhistas? Como você vê os quadrinhos na Internet? Ainda é. Dou como exemplo o Karmo, desenhista bárbaro, humorista finíssimo, que só se publica na rede. Aquilo em papel já estava longe. Tá certo que ele mora na Bahia, o que, visto de SP, é bem longe. De um modo geral encaro a rede como um apoio para o mundo aqui de fora. Mesmo descontando todas as boas experiências em diversos tipos de linguagem animada, interativa, etc. Como surgiu o Overman? Você lê quadrinhos de super-heróis para criar as histórias desse personagem? Overman é um personagem clichê, que apareceu num cartum, ou numa tira, onde se fazia necessário um super-herói. A maioria dos meus personagens é assim, funcional. Fora isso, como disse ali em cima, sempre curti gibi de herói. Qual é sua participação no projeto Cartum Netiuorque? Faço os roteiros para o Overman. O Daniel Messias faz a animação. Em recente entrevista para o Jô Soares, você comentou que estava vendo pela primeira vez a animação do Overman que foi mostrada e foi possível perceber seu entusiasmo com o resultado e, até, um certo orgulho. Como você se sente em relação às suas criações? Varia um pouco. Às vezes o mesmo material desperta reações diferentes ao longo do tempo. De um modo geral, fico meio insatisfeito com o que eu faço. O Bigorna agradece a Laerte pela entrevista (concedida em 8 de dezembro de 2004). Foto: Orlando |
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