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Por Humberto Yashima 29/11/2007
Criado pelo péssimo desenhista Rob Liefeld (que como roteirista mostrou-se tão ruim quanto artista) nos primeiros anos da Image, Supremo era apenas uma cópia de quinta categoria do Superman, e a fase escrita por Moore é algo muito além do que poderia se esperar em termos de qualidade. Neste segundo álbum da Devir, as HQs intercalam momentos do presente e do passado do herói, com arte em “estilo Image” (típica do início da editora Image, quando os desenhos eram mais valorizados do que os roteiros e apresentavam heróis musculosos e heroínas com pouca roupa) dos desenhistas J. Morrigan, Joe Bennett (o brasileiro Bené Nascimento), Mark Pajarillo e Chris Sprouse, e “arte nostálgica” (que lembra a das HQs clássicas de Superman ilustradas por Curt Swann e outros artistas da Era de Prata dos Quadrinhos norte-americanos) de Rick Veitch. Os flashbacks deste segundo álbum mostram Supremo, Professor Meia-Noite e Sombria enfrentando os vilões Jack Almofadinha e Darius Dax; desvendam o que aconteceu quando Supremo ficou exilado no espaço; imaginam o que aconteceria se o herói se casasse; e relembram os antigos inimigos de Supremo. Todas essas histórias curtas se encaixam perfeitamente na história principal, que revela uma grande surpresa no seu final. Para finalizar, há os Extras Supremos, que incluem uma história de Guincho, o Camundongo Supremo (ilustrada por Kevin O’Neill) e outra de Suprema (ilustrada por Jim Mooney); uma Galeria de Vilões Supremos (ilustrada por Rick Veitch); o Diagrama da Cidadela Suprema (também desenhado por Veitch); a história de uma página O Supremo Ilumina o Dia Nacional da Inspeção das Baterias de Lanternas! (HQ de “utilidade pública” no mesmo estilo daquelas que eram freqüentemente publicadas nos EUA no passado, nas quais heróis famosos davam bons exemplos para as crianças...); a história da origem da dupla Professor Meia-Noite/Supremo (arte de Rick Veitch novamente); e uma galeria de capas de revistas que destaca grandes momentos do Supremo. Supremo – A Era de Prata com certeza agrada aos fãs de Moore, que aqui utiliza seu grande conhecimento sobre a mitologia do Homem de Aço, mas também agradará aos leitores que apenas buscam histórias bem contadas. Na arte, o grande destaque fica para os desenhistas Rick Veitch, que consegue imitar com perfeição o estilo de grandes clássicos dos Quadrinhos, e Chris Sprouse (Tom Strong), com seu traço simples e bonito (e diferente de praticamente tudo o que era produzido na Image naquela época). Há um bom texto de introdução escrito por Marcelo Naranjo (Universo HQ), mas faltaram as biografias dos autores e os créditos dos Extras Supremos (originalmente publicados nas revistas Supreme #52-A e 52-B). De qualquer forma, é um álbum de ótima qualidade. |
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