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Resenha: Desbravadores
Por Cadorno Teles*
13/04/2007

Após um navio viking naufragar nas costas da América do Norte, um jovem sobrevivente se torna membro de uma tribo nativa do Novo Mundo. Quando se torna mais velho, fica ciente de suas diferenças e não consegue moldar-se ao seu passado. O jovem viking, sobrevivente do naufrágio, é encontrado pela esposa do chefe da tribo, o que cria um debate entre os índios: se devem aceitar o garoto ou não. Ele é chamado de Espírito, e é sempre tratado com reservas por quase todos na aldeia. Uma página virada por pouco tempo, pois outros guerreiros nórdicos retornam e assassinam todos os guerreiros americanos, ação que torna o jovem outrora desbravador em um guerreiro vingador, em busca da justiça pelo sangue de seu verdadeiro povo, aquele que lhe acolheu.

Desbravadores – Uma saga americana, lançamento da Devir, é uma graphic novel baseada no filme homônimo dirigido pelo cineasta alemão Marcus Nispel. O longa-metragem foi adaptado para os Quadrinhos por Laeta Kalogridis com arte de Christopher Shy; a história é baseado na premissa e na informação arqueológica recente de que os Vikings vieram a América do Norte muitos séculos antes dos exploradores europeus e uns 800 anos antes dos primeiros colonos ingleses. Os vikings faziam suas incursões atrás de riquezas e escravos e foram considerados monstros por onde passaram. É aqui que a história do roteiro se assemelha aos ataques dos nórdicos aos reinos europeus: as tribos norte-americanas poderiam considerar aqueles bárbaros vestindo armadura e capacetes com grandes chifres verdadeiros demônios e travavam verdadeiros embates com esses guerreiros de terras distantes.

Uma obra prima que encanta pela perfeição e beleza, uma das melhores graphic novels já lançadas neste ano, possui em sua gene um conto folclórico por uma parte e por outra a força de um mito. A arte de Shy adiciona uma qualidade encantadora ao texto de Kalogridis, que vela o simbolismo e modela a violência cobrindo os detalhes na cor escura. A história de Kalogridis cativa pela suposição do que teria acontecido realmente, em uma narração que se une as imagens ao enredo da história. Kalogridis é roteirista de Cinema e produtora executiva, e Shy é um ilustrador norte-americano bem conhecido, e seus desenhos são famosos porque têm uma textura que parece que vai saltar da folha. Na produção do filme de Nispel ilustrou várias seqüências, criando impressionantes representações de todas as tomadas. Seu trabalho compreende várias mídias, deste Quadrinhos, ilustrações para Games, Televisão e Cinema. Seu estilo reflete um gosto pelo sinistro e o escuro, o horror e o terror mesclado com grande dose de fantasia e ficção cientifica.

O álbum trata de vários assuntos com igual teor... racismo, isolamento, o alvorecer da face adulta. Uma saga sobre sacrifico, honra e sangue, com o selo Dark Horse Comics.

* Cadorno Teles é escritor amador e colabora com resenhas de livros para os sites Amigos do Livro e Armazém Literário

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