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Dicas para roteiristas iniciantes
Por Leonardo Santana
31/05/2006

Olá, amigos! Nesta coluna vou poder falar sobre diversos assuntos, principalmente, sobre Histórias em Quadrinhos. Para começar, pretendo passar algumas dicas aos roteiristas de Quadrinhos que pretendem ou estão iniciando no ofício.

Escrever Histórias em Quadrinhos não é tão fácil quanto parece. Produzir (arranjar quem desenhe seu roteiro) é ainda mais difícil. Muitos até se propõem a fazê-lo, mas são poucos os que realmente vão lhe entregar suas páginas. Por isso, se você está começando (ou querendo começar), quando for escrever seus roteiros, procure escrever algo com poucas páginas. Minha sugestão é de algo em torno de 3 a 5 páginas. Quando esses começarem a ser entregues, comece a pensar em algo maior (8 páginas). Eu sei que muitos pensam em começar escrevendo intermináveis sagas cósmicas ou álbuns de mais de 100 páginas, mas, acreditem, quando se está começando, quanto menor, melhor!

Escrever, ter idéias, criar, é uma coisa fantástica. Mas se você não consegue agrupar tudo isso numa HQ e não consegue colocar um "Fim" no final de seu roteiro, você não está chegando a lugar nenhum. Portanto, terminem seus roteiros! Pode parecer uma bobagem, mas vocês não imaginam a quantidade de escritores que ficam lapidando, reformulando, revisando, corrigindo seus roteiros sem jamais conseguir terminá-los de fato. Portanto, é preciso terminá-los e deixá-los ganhar o mundo. Somente os leitores poderão lhe mostrar o caminho certo e, para isso, eles têm que ler suas histórias.

Agora, vamos ver com escoar a sua produção e construir o seu nome: Existe um bocado de lugares onde vocês podem publicar suas HQs. As revistas Prismarte (contato com Milson Marins, e-mail: conteudointerativo@terra.com.br), Areia Hostil (contato com Lorde Lobo, e-mail: lordelobo@areiahostil.com.br) e Manicomics (contato com JJ Marreiro, e-mail: jjmarreiro@yahoo.com.br), e o site Nona Arte, são alguns deles. Pensar grande é ótimo (editoras nacionais e internacionais), mas se você está começando, as revistas independentes e os sites (como os citados aqui) são ótimas opções. A Prismarte, inclusive, premia os melhores artistas que colaboraram com a revista a cada ano, o que é um incentivo a mais.

É preciso escoar a sua produção. Colocar seus trabalhos à prova. Essa é a melhor, senão única, maneira de se adquirir experiência e prática. Produzam. Terminem suas HQs. Depois as encaminhe para locais que aceitem colaboração de trabalhos e veja qual a receptividade ao seu trabalho. Acreditem, essa é a melhor escola. A pior parte desse trabalho todo é receber um "Não". Um "Não" não significa que sua história é ruim e que você , como roteirista, é um fracasso. O "Não" pode simplesmente significar que sua HQ não cai na proposta da publicação desejada. (Se isto ocorrer, procure outras publicações, ou escreva uma HQ dentro dos parâmetros dessa publicação.) Exemplo: Você escreve uma história que, embora muito boa, aparece cenas de nudez e sexo e tenta veiculá-la num zine onde os editores têm um público que abrange crianças e adolescentes. Sua história, por melhor que seja, não será aceita nesse espaço. Culpa sua? Culpa dos editores? Não. Tudo tem sua hora e o seu lugar. Pense nisso.

Não mande seus roteiros para vários lugares ao mesmo tempo. Escolha um, mande e aguarde uma resposta quanto à aceitação. Se receber um não, aí sim, escolha outro e repita o processo até achar um lugar onde publicar sua HQ. É claro que o problema pode estar no roteiro, aí, realmente, não tem jeito: é sentar e reescrevê-lo ou partir para outra história. Uma forma de verificar possíveis falhas em suas histórias é confiando a duas ou três pessoas a tarefa de apontá-las. Mas isso é uma outra dica e fica para uma outra oportunidade, ok?

Até a próxima, pessoal!

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