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Crítica: O Incrível Hulk
Por Eloyr Pacheco
13/06/2008

Fui ao cinema assistir ao “novo” Hulk preparado para uma decepção. Eu não gostei do primeiro filme, especialmente da estética adotada por Ang Lee que, ao dividir a tela em quadros menores, o mesmo que vem sendo feito na série de TV 24 Horas, deve ter pensado que isto bastaria para se ter uma “linguagem de Histórias em Quadrinhos”. Admito que vi neste filme algumas coisas que sempre esperei ver: o “hulk-pulga” saltando longas distâncias e o Golias Verde enfrentando tanques de guerra, por exemplo. Também não gosto dos “cães-gama” e do tamanho do Hulk. Mas, vamos ao que interessa.

O Incrível Hulk (The Incredible Hulk, EUA, 2008) é interessante. Ele se passa depois de cinco anos da primeira transformação, mas não da que fomos testemunhas nos cinemas em 2003. Aí está algo que dificulta o entendimento do filme: os produtores optaram por apresentar a origem do personagem (que tem detalhes importantes para o que vai se desenrolar) durante os créditos de abertura. Isso atrapalha um pouco, até percebermos, ou melhor, registrarmos em nossa mente, que não se trata de uma seqüência do primeiro filme. O longa retoma o Hulk andarilho que foge de del em del e continua sua busca por uma cura. O filme começa na Favela da Rocinha do Rio de Janeiro com ele trabalhando numa fábrica de refrigerantes. O Hulk agora é menor (uma das maiores reclamações em relação ao primeiro filme), isso facilita sua interação com os demais personagens.

Grandes seqüências de ação é o que marcam o longa-metragem do Gigante Esmeralda. Há uma luta em que o Hulk utiliza duas portas de blindados como escudos e, na grande batalha final contra o Abominável, o show é completo. Hulk rasga uma viatura ao meio e a veste como luvas de boxe, e bate as duas mãos para gerar vácuo e apagar um incêndio. Este último ato é um deleite para velhos fãs como eu, que viram isso nas HQs mais antigas. Mais uma vez percebo que, como no primeiro filme, algumas seqüências são o que fica em minha mente.

A interpretação de Edward Norton, um tanto forçada e, às vezes, até inexpressiva, não compromete. Gostei muito das interpretações de Liv Tyler (Betty Ross) e William Hurt (General Ross). Tim Roth exagera no tom, mas funciona: seu personagem - Emil Blonsky, agente da KGB - é exagerado, passional. Stan Lee e Lou Ferrigno estão presentes mais uma vez. Fique atento! (Banner diz para Ferrigno: “Você é o cara!”). A quantidade de piadinhas no filme passou um pouco do limite, embora os presentes tenham rido bastante.

Na sessão que eu fui a comentada “cena oculta” foi exibida logo após o final do filme, antes dos créditos. Nela Tony Stark (Robert Downley Jr.) se encontra com o General Ross em um bar e depois de ouvir uma piadinha sobre seu belo traje responde: “E se eu lhe dissesse que estamos montando uma equipe, General?”. Abram alas! A Marvel sabe o que está fazendo. Não me decepcionei completamente. O Incrível Hulk é interessante, mas eu me empolguei mais no primeiro longa-metragem que nesta continuação (?), que não é o segundo, mas o primeiro de uma história anterior que não foi mostrada... Hã?!

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