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Crítica: Homem-Aranha 3 (muitos vilões para um filme)
Por Edu Fernandes
04/05/2007

Peter Parker parece estar estabilizado em sua vida: o Homem-Aranha é uma figura querida pela população e seu relacionamento com Mary Jane vai muito bem. A situação se complica com a aparição de um novo vilão, o Homem-Areia, e com um misterioso novo uniforme preto do Aranha. A nova vestimenta otimiza os poderes do herói, mas acaba influenciando em sua personalidade e na forma como trata as pessoas ao seu redor.

As boas cenas de ação e o humor foram fatores importantes para o sucesso dos dois filmes antecessores e tais ingredientes estão de volta para abrilhantar Homem-Aranha 3 (Spider-Man 3) com batalhas ainda maiores do que as vistas no passado. No lado cômico, as melhores situações são as que envolvem J. Jonah Jameson e a presença sempre hilariante de Bruce Campbell – para quem não lembra, ele era o porteiro chato do teatro no segundo filme da franquia. Por outro lado, alguns abusos foram cometidos em relação à extrema auto-confiança de Peter Parker causada pelo uniforme negro e há cenas em que o espectador pode perceber claramente o momento em que o filme força a barra, tentando ser engraçado.
           
O que há de novo? Podemos ver Bryce Dallas Howard (A Dama na Água) no papel de Gwen Stacy. A moça causa boas e autênticas cenas de ciúmes em Mary Jane – vale lembrar que Gwen já foi uma das namoradas de Peter nos gibis. Além dela, há Thomas Haden Church (Sideways) como o Homem-Areia e Topher Grace (That 70s Show) no papel do tão aguardado Venon. A origem de Venon na versão cinematográfica tinha tudo para ser igual à utilizada pela série animada: um simbionte é trazido por uma nave espacial e se funde a Peter Parker – um personagem astronauta chegou até a ser apresentado no segundo filme. Essa versão é econômica e convincente, ideal para a telona. Mas Homem-Aranha 3 tem um roteiro mais econômico ainda: sem mais nem menos, um meteorito cai na terra coincidentemente perto de Peter e Mary Jane e eis que dentro da rocha está o famoso simbionte. Já começou errado...
           
Nos Quadrinhos, Venon surgiu depois do evento Guerras Secretas e seria complicado demais para caber em um filme, mas não precisava ser tão sucinto. Depois disso, há ainda o Homem-Areia e o Novo Duende (o filho do Duende Verde) que roubam muito tempo dos 140 minutos de duração. Com tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo não há espaço para mostrar as intenções dos personagens em tomar algumas atitudes e nem de "discutir a relação". Por fim, Venon só aparece nos momentos finais de Homem-Aranha 3, podendo frustrar a legião de fãs do vilão.
           
Para ter um texto mais coeso o Homem-Areia poderia facilmente ser descartado e ganchos deixados pelo filme antecessor poderiam ser explorados. O Dr. Connors poderia se tornar o Lagarto e encurtar o drama entre Peter e Harry poderia reservar mais tempo para se apreciar Venon e todo seu carisma. A impressão que fica é que, na tentativa de fechar a trilogia com todos os conflitos resolvidos, o texto acaba se perdendo. Felizmente estamos tratando de um dos maiores ícones da HQ e a força do personagem é tanta que, mesmo com o enredo meio capenga, é muito divertido e empolgante assistir ao novo filme.

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