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Exposição de Cartuns no Shopping Campinas
Por Bira Dantas
13/09/2010

Fazer cartuns metropolitanos, retratar o povo na rua, reproduzir as cores da arquitetura verticalizada e das pessoas que se cruzam pelas ruas. Tudo isso é muito poético, muito prazeroso. É interessante captar os “tipos” urbanos e suas características, muitas vezes hilárias.

Só falta mesmo o cheiro. O cheiro dos cafés, das pastelarias, restaurantes, botecos. No centrão ou no bairro, este cheiro das comidas se confunde aos cheiros das pessoas, de seus perfumes ou suores, de suas alegrias ou estresses, de suas apatias ou curiosidades.

Isto é o que vejo e sinto quando saio por aí, perambulando pela cidade, com a gaita numa mão e a lapiseira na outra. Mas a alegria de ver estas garatujas, feitas originalmente em folhas de papel A4, ampliadas para dois braços abertos. Ampliadas para um abraço. Foi este presente que ganhei da Pandora, Escola de Arte de Campinas, onde dou aula há mais de 10 anos.

Uma exposição de meus cartuns ampliados. Os detalhes tomando a proporção do olho de uma pessoa normal. Como diria o Rei: “detalhes tão pequenos...” que só o olhar de um cartunista para perceber, mas que ampliados, mostram-se a todos, mesmo os que não têm “olhos de ver”.

Acho que o sonho de todo cartunista que desenha em pequenas proporções é ver seus cartuns ampliados, as manchas espalhadas, as hachuras estendidas, os personagens engrandecidos. Foi assim que me senti no meio desta exposição, cujos desenhos foram digitalizados e tratados magistralmente pelo meu amigo Ricardo Quintana, o mesmo que sempre que fala de mim, lembra-se que lia os gibis dOs Trapalhões que eu desenhava na década de 80 e que é uma honra me ter em seu rol de professores. Leia o blog da Pandora aqui.

É uma satisfação imensa ver meu trabalho reconhecido, pensar que tudo começou com o jornalista João Antonio Buhrer comentando que os cartunistas de Campinas não desenhavam a cidade, apenas retratando-a com a linha da calçada, do gabinete político, um canto de parede com uma janela ou uma mesa com um telefone.

E tudo tomou corpo com o convite carinhoso que recebi de Paulo de Tarso para publicar os cartuns e crônicas no “Meu Jornal Campinas”, durante todas suas edições. E ainda, tudo se organizou através do convite do amigo Eloyr Pacheco para que eu fosse um dos colunistas deste site Bigorna, quando eu montei essa história há anos aqui nesta coluna.

Valeu João, Paulo, Eloyr, Ricardo e todos os leitores, do Meu Jornal Campinas impresso e deste Bigorna virtual.

Sem vocês, meu trabalho teria menos brilho.

Vale mesmo!!!!!!!!!

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