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Ele criou cartazes que marcaram gerações. O movimento sindical se espelhou em sua obra.
Carles Fonteserè foi um artista/militante, desses que dá orgulho em qualquer um.
O artista de Barcelona Carles Fontserè, último expoente vivo da arte do cartazismo republicano (durante a Guerra Civil denunciou as misérias dos exilados republicanos e difundiu uma visão surpreendente de Paris sitiada pelos nazistas), faleceu no Hospital Josep Trueta com 90 anos. Trabalho como cenógrafo no México, junto com o comediante Cantinflas, e em Nova York, onde residiu por 23 anos.
Fontserè, ícone republicano
Carles Fontserè nasceu em Barcelona, em 1916, em uma família de classe média barcelonesa. Revoltado com a hipocrisia e conservadorismo da sociedade, simpatizou com os ideais anarquistas. Autodidata, desde pequeno passava horas desenhando. Começou sua carreira publicando ilustrações em revistas conservadoras, mas suas influências gráficas partiam de artistas de esquerda, como Helios Gómez. Publicou em Bowmer & Bo, e pintou cartazes cinematográficos para a United Artists e Universal Films.
Teve uma participação ativa na campanha eleitoral de 1932. Depois da guerra, se exiliou na França e EUA. Tentou retomar os arquivos de Salamanca, pois todos seus originais haviam sido expoliados pouco depois da ocupação de Barcelona. Veja aqui a notícia (em espanhol) sobre a morte do artista, no site La Vanguardia.
