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Gazy Andraus 02/03/2007 Histórias em Quadrinhos são mais do que simples mediadoras de informação, às quais caberiam as tarefas de facilitar o aprendizado e a apreensão de conceitos mais complicados. Os Quadrinhos têm uma natureza intrínseca complexa, devido não somente à sua linguagem imagético-fonética, como principalmente por tal estrutura ser parte da psique humana, desde que o bebê abre seus olhos e passa a perscrutar um mundo novo, fora do útero materno. A leitura panvisual das HQ, como podem ser abreviadas as Histórias em Quadrinhos, incide em outras áreas dos hemisférios cerebrais, e incitam a outras reações e sentimentos, diferente do que promove a mera leitura de textos fonéticos e científicos. Os desenhos trabalham a imaginação (tanto do autor como a do leitor), e as composições de cada página trazem a noção de “vida”, de animação. Por isso podem ser usados como fontes sui generias de “alimentação” informacional, ou ainda podem ser elaborados para a função de transmitir conceitos, idéias, mensagens, produzindo reflexões na mente do leitor, ao mesmo tempo em que ele se apraz em saborear os desenhos e o humor (quando este existe, em alguns casos), aumentando o tempo de absorção das informações (ou seja, respondendo melhor na memória a médio e longo prazo, graças ao potencial imagético dos desenhos). Muitas escolas e instituições de ensino diversas já estão empregando as Histórias em Quadrinhos tentando melhorar a metodologia, atualizando suas didáticas de forma a, finalmente, trazer a interdisciplinaridade nas salas de aula. Mas esta tarefa não é fácil, pois pressupõe um inter-relacionamento profissional docente e uma visão ampliada dos professores, o que destoa dos conceitos cartesianos dos projetos ainda anacrônicos existentes no ensino ainda cartesiano. Muito disso é fruto da falta de atualização da sociedade, em face das transformações de paradigma já anunciadas pela física quântica, desde a primeira década do século XX. Por esse prisma, profissionais da área editorial e educacional, com mais consciência da necessidade de auxiliar nesta passagem, trazem projetos especiais que podem colaborar em muito no auxílio de informar e conscientizar nossos jovens.
Num momento em que os problemas sociais grassam no mundo inteiro, em que a “globalização” aproxima as informações pela tecnologia, e no Brasil a utilização de Histórias em Quadrinhos está sendo cada vez mais incentivada pelos órgãos educacionais, seria interessante que, além das escolas particulares, os municípios e estados também utilizassem o serviço de projetos como este da editora Uirapuru, aproximando dos jovens escolares uma didática mais sensível e menos cartesiana, a qual até agora se provou falha e até prejudicial por afastar os estudantes das instituições educacionais, em vez de os aproximar. Assim, este impulso inicial da Editora Uirapuru de Egidio, que além de ser um editor preocupado com a sociedade, possuindo formação pluridisciplinar - é formado em Pedagogia, Ciências, Matemática, Química e Pós-graduado em Bioquímica - é louvável, e vai ao encontro da atualização de metodologias mais afeitas aos jovens, como os Quadrinhos, incluindo a interdisciplinaridade. É hora de unir, à razão dos textos científicos, a arte, cantada de todas as formas... como este projeto artístico educacional, proposto pela editora, cujo nome de um famoso pássaro incita na mente a imagem e a beleza que ainda é possível espraiar num mundo que foi construído educacionalmente com base quase que exclusivamente racional... mas que ainda pode ser modificado e melhorado. Para saber mais, consulte o site da editora. |
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