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Exposição Picha: Quadrinhos africanos (SP)
Por Humberto Yashima
20/10/2009

A exposição Picha, com originais de desenhos, álbuns, revistas e Histórias em Quadrinhos publicadas em jornais e revistas, além de informações sobre desenhistas, chargistas e caricaturistas do continente africano, segue até o dia 8 de novembro no Museu Afro Brasil (Av. Pedro Álvares Cabral, s/nº - Parque Ibirapuera - São Paulo-SP); a entrada é franca. Estão expostos trabalhos de quadrinhistas de 16 países africanos; a curadoria é da jornalista, professora e pesquisadora em Histórias em Quadrinhos Sonia M. Bibe Luyten e do publicitário, cartunista, escritor e roteirista Maurício Pestana (também curador da exposição nos EUA), com patrocínio da Fundação Príncipe Claus, e NCDO, na Holanda. A apresentação da exposição, segundo o release enviado para a imprensa: "Picha na língua Swahili, ou suali, quer dizer 'desenho' e é uma corruptela da palavra inglesa 'picture', imagem.  Picha é também o titulo desta exposição de Histórias em Quadrinhos apresentando uma imagem colorida e rica da diversidade do continente africano.Os quadrinhos africanos estão indo muito bem. Há desenhistas africanos ativos em todo o continente. Há muitos Festivais de Histórias em Quadrinhos e muitas revistas e álbuns sendo publicados. No Senegal, por exemplo, há um seriado de televisão muito popular baseado em um personagem de Quadrinhos: Goorgoorlu.   A vida de Mandela foi descrita em quadrinhos na África do Sul e muitas revistas estão usando as Histórias em Quadrinhos para alertar os soldados sobre os perigos da AIDS na Etiópia.  É muito surpreendente notar como as Histórias em quadrinhos africanas refletem a realidade (política) africana. Para se falar também de coisas mais leves e alegres é preciso recorrer a subterfúgios. A famosa série de Quadrinhos Aya de Ypougon, de Marguerite Abouet, da Costa do Marfim, é uma novela gráfica, tendo como foco o amor, brigas e adultério.  Mas este quadrinho tem como cenário os tranquilos anos 1970 do país, quando a guerra civil da Costa do Marfim ainda estava muito longe de acontecer. Na África, as Histórias em Quadrinhos podem ser produzidas por um baixo custo, não é necessário ter diploma universitário e são facilmente acessíveis sob o ponto de vista de comunicação.  Estes três fatores são favoráveis para um continente com uma infra-estrutura artística limitada. Existe, no entanto, um problema: os Quadrinhos precisam ser distribuídos para poderem ser lidos e, muitas vezes, não existem canais para fazer isso. Além disso, apesar dos Quadrinhos serem um produto barato, ainda é oneroso para o poder aquisitivo dos leitores africanos". O horário de visitação é das 10h às 17h, com permanência até 18h. Mais informações pelo telefone (11) 5579-0593.

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