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Como foi: quarto dia do 5º FIQ (MG)
Por Matheus Moura
19/10/2007

Parece ser gradativo o aumento de participantes no evento. Nesta sexta-feira (19), havia mais pessoas do que no dia anterior e com o final de semana o número deve crescer mais ainda. Apesar do grande volume de gente na Serraria o dia foi mais parado que os antecessores. As atividades começaram com a avaliação de Portfólio por Eddie Berganza, editor-chefe da DC. A fila composta por diversos desenhistas – profissionais e amadores – teve lento avanço, o qual forçou a transferência dos interessados para outro local além do Auditório Conceição Cahú.

A mudança se deu por conta de outra atividade marcada no Auditório, a mesa-redonda sobre a atual produção de mangás com Kan Takahama (quadrinhista japonesa) e Sônia Luyten (pesquisadora de HQs). Na mesa foi abordada por Kan sua situação peculiar no mercado japonês, pois ela hoje – por dar preferência a pequenas editoras – pode escolher o que fazer, assim ela acaba por trabalhar com o que gosta, diferentemente dos autores comerciais do país. Ela também falou de sua forma peculiar de tratar as cores em suas histórias: ela, apesar de colorir por computador, usa de artifícios para mascarar esse método acabando por parecer que a colorização foi feita manualmente. Outra diferença é o meio no qual ela se insere, o da Novele Mangá, um estilo de se fazer mangás mais sério e com uma perspectiva adulta – seria o “mangá de autor” nas palavras de Sônia. A pesquisadora por sua vez falou das questões de difusão do mangá pelo mundo, mostrando números de vendas desse tipo de publicação pelo globo. Ao contrário do que pode parecer, os EUA não estão na frente quanto a consumo de HQs japonesas, mas sim a Alemanha. O Brasil, apesar do crescente número de títulos à venda e já publicados, ainda se encontra aquém de vários países europeus. Terminada a exposição das duas, como de praxe, a mesa foi aberta para perguntas que se concentraram praticamente em Kan abordando diversos assuntos, até mesmo cinema.

Por conta da cadeia de atrasos quanto ao horário para uso do Auditório, foram feitas poucas perguntas à mesa de mangás. Quase de imediato o quadrinhista belga Benoit Sokal tomou a palavra para sua exposição. Na verdade estava marcado para ser um bate-papo, assim como com os argentinos na quarta-feira, entretanto, provavelmente devido ao uso de multimídia, sua participação no evento se deu da forma de uma palestra. Nela o belga falou pouco a respeito de sua produção de HQs se centrando mais em sua atividade atual: produtor/designer de jogos para vídeo-games. No retroprojetor foi mostrado o jogo Syberia 2, baseado em uma obra de autoria dele, com criaturas e cenários concebidos pela mente do artista. Sokal disse ter se transferido para a área de designer gráfico por ter se apaixonado com o meio e que apesar das diferenças não sentiu ter mudado de atuação, pois o modo de concepção da história passa pelo storyboard, o qual não deixa de ser uma forma de HQ.

Durante vários momentos do dia foram feitos lançamentos de revistas e zines independentes, dentre eles, Quadrinhópole #5, O Dinossauro do Amazonas, Umbigo, Café Espacial, O descartável, e Estórias Gerais. Para encerrar a noite teve ainda a reapresentação do curta Shimamoto, o Samurai dos Quadrinhos.

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