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O estande do site Webcomix - Quadrinho Digital |
Quinta-feira, 18 de outubro: metade do FIQ já se foi. Até o momento foi o dia com maior número de público presente. Vantagem para os expositores, tanto de livros – como a Leitura com seu grande espaço, onde há ótimos descontos – quanto os independentes. Dentre estes há os estandes do Planeta Quadrinhos, uma escola de HQs e desenho de BH a qual contava com avaliação de portfólio por Eddy Barrows; Webcomix – Quadrinho Digital; Fábrica d Sonhos, uma outra escola de desenho, entretanto especializada em mangás e com o interesse principal em descobrir novos talentos para lançar uma revista no estilo; Ad & Art Quadrinhos, um selo o qual divulga as HQs A Tchurma (que é infantil), Overground Comics (adulto) e Magnito (infantil educativo), todos estes de autoria de Danilo Aroeira; Casa dos Quadrinhos – provavelmente a maior escola de HQs do evento; Revistas Independentes de BH, que conta com a presença do material de Srbek, Graffiti 76% e 100% Quadrinhos, Ragú, etc; Quarto Mundo; Panderolê, que possui camisas para a venda; e Barraca do Amor, do pessoal das revistas Tarja Preta, Prego, Quase e F., dentre outras. Como o país homenageado é o Japão, não poderia faltar um estande o qual divulgasse a cultura japonesa. Este é feito pelo Cônsul Geral Honorário do Japão em Belo Horizonte e contêm comidas, painéis que contam a história do Japão no Brasil e coisas do gênero.

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Mesa-redonda sobre o Mercado Americano de Quadrinhos |
As pessoas que se sentirem enfadadas com as atrações do evento ainda podem se distrair com a área dedicada a games no segundo andar da Serraria. Lá se encontram diversos consoles diferentes, indo do mais recente PS3 ao arcaico Neo Geo. Ainda no segundo andar há o Estúdio Ao Vivo que consiste num espaço conseguido junto à Prefeitura da cidade com os desenhistas Cristianbo Bolson, Eduardo Mansick e Ricardo Ratton – com o intuito de dar um espaço livre aos desenhistas profissionais para desenhar durante o evento. Antes de começar o ciclo de mesas-redondas houve uma oficina de Fanzine ministrada por Fábio Zimbres. Para a mesa os convidados foram Eduardo Risso; Renato Guedes; Bolson e Ed Benes. Foi discutido o Mercado Americano. A mesa começou com Risso ao falar de sua experiência de vida, sua trajetória e conquistas; os demais convidados partiram pelo mesmo viés. A principal diferença foi mostrada com o inicio das perguntas – o que não demorou a acontecer – sendo esta mesa a mais breve quanto à manifestação espontânea dos componentes. As perguntas giraram em torno da questão mercadológica, técnicas de desenho, influências, perspectivas, gostos e por aí vai. Terminada a mesa, Risso já tinha outro compromisso: um bate–papo com Sidney Gusman na Praça dos Quadrinhos, lá o desenhista argentino se sentiu mais à vontade respondendo com maior desenvoltura as respostas do jornalista e do público. O que incomodou foi a tradutora (Carolina Machado) que – por não conhecer nada de HQ - não entendia direito o que o entrevistado queria dizer ou mesmo o público ao perguntar para ela traduzir à Risso. As perguntas giraram em torno de 100 Balas, a parceria com o autor da série Brian Azzarello, a diferença do mercado europeu com o estadunidense, as influências de narrativa, as possibilidades educacionais das HQs - a quantas anda isto no Argentina – e outras coisinhas mais, como o fim de 100 Balas. Perguntado a respeito de transformar a série em filme, Risso foi taxativo “o melhor seria se fizessem uma série de TV, por conta da complexidade da HQ”.

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Estandes e exposições na Serraria Souza Pinto
(fotos: Angelo Ron) |