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Por Matheus Moura 18/10/2007 Segundo dia no FIQ, mas antes de falar como foi lá, há de se registrar uma informação complementar: no dia 16, além do descrito aqui, houve a mesa redonda abordando o Cartum com mediação de Wellington Srbek e participação de Márcio Leite e Lelis. Na mesa foi discutido o mercado de cartuns, sua evolução, criação, importância, relação com o Brasil e outros países e, como não podia faltar, o livro O Riso que Liberta, de Srbek. Feito o complemento, o dia 17 foi repleto de atividades: assim como o dia anterior, desde as 9h já havia atividade na Serraria, entretanto o grosso era devido a escolas as quais levaram seus alunos para ver as exposições e lerem HQs na Gibiteca Pública Infantil e Juvenil de Belo Horizonte que mantêm um pequeno acervo à disposição dos visitantes no local.
No círculo de palestras houve a mesa-redonda Mercado e Quadrinhos composta com Henrique Magalhães (Marca de Fantasia), Cassius Medauar (Pixel) e Cláudio Martini (Zarabatana). Quem abriu a conversa foi Cassius, falando da questão atual do mercado, como ele se encontra estagnado e suas principais dificuldades para expansão; logo em seguida Martini tomou a palavra comentando um pouco da relação editorial e livrarias e os propósitos da editora Zarabatana. Henrique Magalhães destoou do restante por justamente “trabalhar com o anti-mercado” e ter uma produção artesanal com a editora Marca de Fantasia, e falou da relação do mercado com o material mainstream que se vê hoje - em maior grau – à disposição do leitor. O editor ainda salientou o crescente aumento da procura de publicações teóricas que abordem as HQs e o paradoxo que isso implica, pois hoje se mais pessoas se interessam em pesquisar HQs, a leitura destas anda caindo. Terminada a exposição dos componentes da mesa foi dado espaço para os participantes fazerem perguntas e comentários. Estas foram direcionadas quase que integralmente ao editor da Pixel, e muitas trataram da questão de distribuição, relação da mídia com as HQs e o monopólio de títulos em banca.
As últimas atividades foram o bate-papo com os argentinos Domingo Mandrafina e Juan Sáenz Valiente, com perguntas feitas pelo quadrinhista Fabiano Barroso, da revista Graffiti 76% Quadrinhos, e o relato de experiência de vida como quadrinhista independente na França de Sérvio Túlio. Infelizmente ambas as conversas foram marcadas para a mesma hora, sendo que a com Sérvio nem mesmo constava na programação inicial. Uma falha da organização que se estendeu a localidade onde os argentinos se apresentaram, a chamada “Praça dos Quadrinhos”, um local próximo a alguns mini-restaurantes onde várias pessoas que não faziam parte do público estavam, o que atrapalhou um pouco na concentração para uma melhor compreensão do assunto tratado. Tanto Mandrafina quanto Valiente falaram de suas influências de vida, o mercado argentino, as diferenças editoriais entre os dois países, saídas quanto ao que se pode mudar para melhorar o branco da produção argentina no Brasil e vice-versa.
(Fotos: Angelo Ron) |
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