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Por Humberto Yashima 11/10/2007 Lost Girls – Livro 2: As Terras do Nunca (Devir Livraria), segunda edição da polêmica obra escrita por Alan Moore e ilustrada por Melinda Gebbie, continua mostrando as picantes histórias que as amigas Alice, Wendy e Dorothy contam umas às outras. Para quem não sabe do que se trata, elas são as clássicas personagens infantis – que, na história imaginada por Moore, se conhecem depois de adultas - dos livros Alice no País das Maravilhas, Peter Pan e O Mágico de Oz, respectivamente. Este segundo volume contém as histórias Uma Corrida de Comitê e Uma Longa História, Sacudindo & Despertando, Ao Contrário, O Espantalho, A Terra do Nunca, O Jardim das Flores Vivas, Um Chá Maluco, O Leão Covarde, A Investida de Peter e Zás-Trás, todas com seqüências repletas de erotismo e sexo (detalhadamente desenhadas por Melinda). Os textos de Alan Moore e a bela arte pintada de Melinda Gebbie funcionam em harmonia (além de trabalharem juntos, os dois são casados) e apresentam os personagens de cada um dos livros como se fossem pessoas reais, sem os elementos de fantasia tão conhecidos por quem leu as histórias originais. Apesar da grande quantidade de sexo contida no álbum, é muito interessante ver e reconhecer as versões de Moore para Peter Pan, o Capitão Gancho, o Espantalho e o Leão Covarde, além de outros personagens das já citadas obras. No capítulo 2 (Sacudindo & Despertando), Melinda criou belíssimas representações dos sete pecados capitais - Inveja, Avareza, Orgulho, Ira, Luxúria, Gula e Preguiça – que são cometidos quando Alice seduz Wendy. As ilustrações de página inteira em que Dorothy se encontra com o Espantalho e em seguida com o Leão Covarde; Wendy aparece com os Garotos Perdidos e depois com Peter Pan enfrentando o Capitão Gancho; e Alice chega ao País das Maravilhas e mais tarde compartilha a mesa com o Chapeleiro Maluco também merecem destaque pela sua beleza. Lost Girls, uma obra voltada para o público adulto, não é para todos os gostos, mas quem souber apreciá-la não irá se arrepender, seja pelas boas soluções encontradas por Moore para tratar de um assunto tão polêmico ou pela excelente arte de Melinda. O álbum da Devir é luxuoso, com capa dura, sobrecapa (com um texto de apresentação) e excelente impressão em papel especial; só faltou um espaço para as biografias do casal de quadrinhistas. |
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