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Modelos de financiamento cinematográfico ainda exigem incentivos
Por Ruy Jobim Neto
27/09/2007

O subsídio estatal é fundamental para a continuidade da produção cinematográfica. "No Brasil, na França na Inglaterra e em qualquer outro país, a maioria dos filmes daria prejuízo sem a ajuda dos incentivos", disse no Festival do Rio nesta quarta, 26, Thierry Peronne, da Investimage e gestor do Funcine da Rio Bravo. Contudo, é preciso "uma reflexão sobre o que o público quer ver e trabalhar para o público", alertou Peronne, que participou de uma mesa de debates que apresentou diferentes modelos de financiamento.

Marc Jacobson, da Greenberg Trauring, falou sobre a importância das empresas de completion bond no mercado norte-americano. Segundo ele, sem uma empresa garantindo a produção do filme, tanto estúdios quanto investidores ficam sem garantias de que o filme será entregue no prazo e dentro do orçamento. Elisa Álvares, da britânica Future Films, apresentou os modelos de financiamento ao Cinema no Reino Unido. Segundo ela, mesmo os fundos estatais de fomento buscam retorno na produção dos filmes. Elisa apontou ainda a importância da co-produção internacional no mercado britânico. Em 2005, foram produzidos 131 longas-metragens, dos quais 73 foram co-produções internacionais. No ano seguinte, dos 134 longas produzidos, 54 contavam com um co-produtor internacional. "A Inglaterra tem 10 tratados internacionais de co-produção", explicou. A co-produção seria uma maneira de poder buscar recursos fora do país e ainda garantir presença do filme mais territórios. "é possível (aos brasileiros) co-produzir com o Reino Unido, mas apenas filmes que tenham caráter comercial", garantiu.

Luciane Gorgulho, chefe do departamento de cultura do BNDES, voltou a apresentar os programas do banco voltados ao audiovisual. O Procult, que tem R$ 175 milhões para investimento em Cinema, tem aprovado até o momento apenas três operações: uma na área de infra-estrutura, no valor de R$ 7 milhões; outra em produção, R$ 1 milhão; e uma em exibição, R$ 2 milhões. Outras 20 operações estão em análise. Embora tenha desembolsado uma pequena fatia do valor destinado ao programa, o Departamento de Cultura, segundo Luciane, já trabalha com a hipótese de ter de pedir o aumento da verba total para o Procult. (com Tela Viva News)

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