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Crítica: Cidade dos Homens (Cidade de Deus light)
Por Edu Fernandes
31/08/2007

Em 2002 o cinema brasileiro produziu um título que mudou para sempre a forma como nossos filmes são vistos no exterior. Todo cinéfilo estrangeiro lembra-se de Cidade de Deus quando se fala da cinematografia tupiniquim. Sucesso de crítica e público, também alavancou a audiência do seriado Cidade dos Homens, com várias temporadas exibidas na Rede Globo. Depois de cinco anos do filme original, os personagens do seriado vivem uma aventura na tela grande. Acerola agora tem de encarar os desafios da paternidade, enquanto Laranjinha continua à procura de seu pai, para poder ter o nome dele em seu documento. Os dramas dos rapazes se passam em um cenário perigoso, uma vez que Madrugadão, o chefe do tráfico no morro, é traído por seu braço-direito Sinistro e uma guerra entre as facções é iniciada.

As áreas técnicas do filme são muito bem realizadas, compensando o texto fraco e forçado. Em muitos momentos a fita se arrasta por causa da falta de coesão do roteiro. As músicas compostas para a trilha são eficientes e ditam as emoções. O som é um dos poucos exemplos ótimos de toda produção cinematográfica nacional: a cena na praia, que é um dos maiores desafios para som em Cinema, é a prova final. Uma saída inteligente da edição é a utilização de imagens do seriado na forma de flashbacks. A exploração da lembrança dos protagonistas funciona como nostalgia para os fãs da série, além de explicar o histórico deles para quem não conhecia.

O trailer de Cidade dos Homens instiga o espectador a ir assisti-lo. Não há narração e as cenas são montadas de forma empolgante. Infelizmente, quase toda a trama é revelada no trailer e o conselho é que se faça o caminho oposto: assista ao filme primeiro.

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