O mundo da cultura e da política chora a morte do diretor italiano Michelangelo Antonioni (foto), 94, um dos grandes nomes do Cinema. De acordo com a agência italiana Ansa, Antonioni morreu às 20h (15h de Brasília) de anteontem (30 de julho), em sua casa, ao lado de sua mulher, Enrica Fico. "Perdemos um intelectual brilhante e sensível, um grande cineasta, um refinado observador dos males do século 20. Com sua morte se encerra um ciclo do Cinema italiano", declarou o ministro da Cultura da Itália, Francesco Rutelli. Antonioni foi o diretor de clássicos dos anos 1960 como Blow Up e Zabriskie Point.

"A Itália perde um dos grandes protagonistas do Cinema e da busca expressiva do século 20", escreveu o presidente da República italiana, Giorgio Napolitano. "Antonioni marcou com sua obra a história do Cinema", afirmou o chefe do governo italiano, Romano Prodi. A morte do mestre italiano no mesmo dia do falecimento do diretor sueco Ingmar Bergman foi lamentada também na França, onde seus filmes eram bastante apreciados. "Era o último gigante do Cinema italiano", comentou o presidente francês Nicolas Sarkozy, enquanto o ex-ministro da Cultura, Jack Lang, elogiou o "grande mestre que revolucionou a linguagem do Cinema".

Cena do longa-metragem Blow Up

O presidente da Comissão Européia, José Manuel Barroso, manifestou "tristeza" pelo falecimento de um "dos maiores artistas europeus , que teve um papel significativo para o desenvolvimento do Cinema mundial". O velório será realizado nesta quarta-feira (1º de agosto) na sala da Promoteca do Capitólio de Roma, onde seus admiradores poderão prestar uma última homenagem. Antonioni será sepultado na quinta-feira (02 de agosto) na cidade de Ferrara, ao norte da Itália, onde nasceu no dia 29 de setembro de 1912.   (com France Presse)