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Crítica: Arthur e os Minimoys (anacronismo)
Por Edu Fernandes*
27/03/2007

Arthur vive com sua avó em uma fazenda. Eles correm o risco de serem expulsos da propriedade, a menos que o garoto ache o tesouro dos Minimoys: um povo que vive no jardim e tem 2 mm de altura. Decifrando uma mensagem deixada por seu avô, Arthur consegue entrar no mundo dos Minimoys para viver uma grande aventura e resgatar o tesouro.
 
Animação sempre foi considerada pela maioria das pessoas um gênero infantil, até 2001. Nesse ano surgiu o longa-metragem Shrek, que conseguiu deixar bem claro o que vários cinéfilos já sabiam: as animações podem ser produzidas para os marmanjos. Infelizmente não foram todos que ouviram o recado trazido a tona desde Os Simpsons e passando por South Park. Prova de tal surdez é o fato de só termos cópias dubladas de Arhtur e os Minimoys (Arthur et les Minimoys) nos cinemas brasileiros.

Quem não tiver que levar crianças menores de dez anos para ver o filme com certeza vai aguardar para ter acesso ao DVD com as vozes originais. A boa notícia é que a dublagem foi bem realizada, sem convidar nenhuma celebridade tosca para afundar o filme. Mas competir com o time que está na versão original é bem difícil. Tratam-se de nomes fortes da música; como Madonna, David Bowie e Snoop Dogg; e grandes ícones do cinema como Mia Farrow e Robert De Niro. A falta de opção vai custar pelo menos alguns milhares de espectadores a menos para a fita.

Outra mostra de anacronismo em Arthur e os Minimoys é a forma de pensar e trabalhar do diretor Luc Besson (O Quinto Elemento). O cineasta até hoje não sabe ligar um computador e ainda acha que cinema é apenas arte. Fica o alerta: todo filme tem que se pagar! Ele se diz totalmente desinteressado pela dinâmica do mercado de DVD e já declarou que não fará mais filmes, exceto as seqüências de Arthur. Se ele realmente está pouco se lixando para o mercado, Luc deve ter o melhor plano de previdência do mundo.

A aventura do garoto em meio a criaturas mágicas é bem dinâmica e divertida. Soluções criativas, associadas ao visual bucólico, fazem do filme uma boa pedida para todas as idades, apesar da estratégia de distribuição.

*Edu Fernandes é Editor de Cinema e Vídeo do Homem Nerd

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