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Por Edu Fernandes* 01/03/2007 Alex fazia parte de um grupo musical que alcançou a fama na década de 80. Nos dias atuais, ele é contratado para compor uma música para uma excêntrica cantora pop. Para ajudá-lo, ele conta com sua jardineira que leva jeito com as palavras. Quem for ao cinema para assistir a Letra e Música (Musica and Lyrics) irá pagar o ingresso para ver um videoclipe hilariante e, de brinde, verá um filme bacana logo em seguida. O clipe da fictícia banda Pop! traz todos os elementos de vídeos de outros grupos musicais dos anos 80: coreografias ridículas a la Rick Astley, calças apertadas como Van Halen e penteados de gosto duvidoso no estilo Echo And The Bunnymen. Nos comerciais de TV, pode-se ouvir a canções marcantes da época como Safety Dance (Men Without Hats) e Just Can't Get Enough (Depeche Mode). Fica o aviso: é só aí que tais músicas aparecem, pois no filme mesmo só há canções do grupo Pop! que vão desde singles dançantes (Pop Goes My Heart) até baladas românticas açucaradas (Meaningless Kiss). O repertório tem fortes influências de Information Society e da dupla Wham!, que era formada pelo hoje famoso George Michael e o esquecido Andrew Ridgeley. Será mera coincidência? O ponto alto do filme ocorre durante o show de Cora e a produção do evento é autêntica. Com cenário exótico, apresentação estelar e coreografias atuais, é bem fácil acreditar que Cora realmente exista e comova os fã na forma que se vê na seqüência em questão. As excentricidades da jovem artista – uma mistura de Bjork com Shakira — são uma fonte extra de humor, enquanto que a maior parte das risadas será ocasionada pelo sarcasmo do protagonista vivido por Hugh Grant, com um humor bem parecido com o de seu personagem na franquia Bridget Jones. Letra e Música é um filme agradável e oportuno, uma vez que os tributos aos anos 80 é um movimento forte que invade programas de TV, estações de rádio e pistas de dança. Drew Barrymore já esteve presente em outra produção que se aproveita dessa tendência: Afinado no Amor, com Adam Sandler. A diferença é que em 1998, o enredo se passa todo na década de 80 e a nova fita é contemporânea, abordando de forma mais precisa a nostalgia que presenciamos. * Edu Fernandes é Editor de Cinema e Vídeo do Homem Nerd |
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