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Por Ruy Jobim Neto 11/01/2007
Foram empossados nesta quarta (dia 10) o diretor da Ancine, Leopoldo Nunes, e o novo diretor-presidente da agência, Manoel Rangel. A cerimônia contou com forte presença dos diferentes setores do cinema do audiovisual, com representantes da produção distribuição e exibição cinematográfica, além de representantes do setor de TV por assinatura. O evento, que aconteceu no prédio da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro, em vários momentos lembrou um encontro de velhos amigos. Em seu discurso, o ex-presidente da Ancine, Gustavo Dahl, apresentou-se como "formulador e implementador da Agência Nacional do Cinema". Dahl destacou que 2007 coincide com a efetiva consolidação da agência e com a aprovação da Lei 11.437/06, que renovou mecanismos e criou novas formas de fomento para o setor. Dahl elogiou a atuação de Manoel Rangel na tramitação da Lei, afirmando ainda que Rangel e Nunes "são capazes de transformar idéias em ações". Por fim, deu "boas vindas aos bravos guerreiros". O ex-presidente da agência não deu esclarecimentos sobre seu futuro, dizendo que é hora de se retirar para reflexão. Leopoldo Nunes, que se emocionou ao falar do papel de Dahl na criação da agência, afirmou que "passado o medo do novo, temos hoje um diálogo com todos os setores do audiovisual. Sabemos que não somos donos da verdade". Uma nova gestão Manoel Rangel, em seu discurso, não deixou a polêmica de lado. O novo presidente afirmou que o audiovisual é um mercado concentrado e distorcido, no qual há "praticamente apenas uma operadora de TV por assinatura". Em relação ao cinema, lembrou que três distribuidoras concentram 80% da bilheteria e que nenhuma delas é nacional. Em relação ao mercado de DVDs, disse que já supera o de exibição em faturamento, mas não se conhece os números reais do setor, "o que vai mudar", garantiu. Finalizando, Rangel fez um elogio ao seu antecessor e ao secretário do Audiovisual do Ministério da Cultura: "espero estar à altura de Gustavo Dahl e de Orlando Senna". Distribuição Dando uma dica sobre qual deve ser o foco principal das políticas audiovisuais do Ministério da Cultura neste segundo mandato do governo Lula, tanto Orlando Senna quanto o ministro Gilberto Gil, seguindo o exemplo de Rangel em seu discurso, dedicaram parte de suas falas ao setor de distribuição. "Transformem a prioridade da distribuição em uma realidade", disse Senna aos dois empossados. Já Gil afirmou que "as distribuidoras devem ter condições isonômicas", dizendo ainda que "é preciso estimular o risco, ainda que de forma gradual e responsável".
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