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Crítica: Eragon (sem expectativas, sem decepções)
Por Edu Fernandes*
22/12/2006

Eragon é um camponês de 17 anos que recebe um ovo de dragão. Ele descobre que deve se tornar um Cavaleiro do Dragão e salvar a terra de Alagaesia do governo de um rei tirânico. Uma das primeiras coisas a se notar é que Eragon traz um elenco completamente heterogêneo. O protagonista é interpretado por um estreante – Edward Speleers –, o que pode causar um certo receio no espectador. Por outro lado, há dois atores experientes com uma reputação a zelar: John Malkovich e Jeremy Irons, que já trabalharam juntos em O Homem da Máscara de Ferro.

Representando a nova geração de atores, conta-se com Rachel Weiz (O Jardineiro Fiel) e Robert Carlyle (Ou Tudo ou Nada). Esses dois também são importantes para ilustrar duas falhas do filme. Rachel foi escalada para dar voz à “dragoa” Saphire, o que ela faz até com certa competência. O problema é que a fera e o jovem Eragon comunicam-se através de pensamentos; dessa forma, os lábios da criatura não se movem enquanto ela conversa com seu Cavaleiro, o que pode parecer amadorismo da produção. Dessa mesma forma Robert Calyle interpreta o vilão Durza, com uma maquiagem bem aplicada que o deixa irreconhecível. A falha está nas situações em que o personagem utiliza seus poderes mágicos para desaparecer ou se teletransportar. Os efeitos especiais explorados para tornar essas façanhas possíveis foram mal realizados, por vezes deixando Durza recortado do cenário.

Ainda sobre o elenco, a cantora Joss Stone faz uma participação especial como a vidente Angela. Sua aparição no filme é tão imprescindível quanto a presença de seus CDs em minha estante – entenda como quiser. Saindo um pouco das pessoas que estão na frente da câmera... O diretor estreante Stefen Fangmeier provou não ter nenhuma habilidade em dirigir cenas de batalhas. Diferente do que o público se acostumou a ver em outros filmes, como Senhor dos Anéis ou Rei Arthur, essas seqüências são cheias de câmeras tremidas, tornando-se impossível entender o que se passa: uma manobra amadora para mascarar a falta de capacidade de Stefen. Portanto, para quem esperava por uma obra que animasse os fãs de fantasia medieval é recomendável que fique longe das salas onde Eragon será exibido.

*Edu Fernandes é Editor de Cinema e Vídeo do Homem Nerd

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