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Por Shirley Paradizo 13/04/2006
Claro que, em se tratando do autor de O Nome da Rosa, Baudolino e A Ilha do Dia Anterior, não poderia se esperar que, em suas mãos, o curso normal de uma biografia fosse mantido. Eco cria um mundo fictício para reaver suas memórias, por meio de uma história ilustrada com 250 imagens e que demonstra sua enorme paixão pela literatura. O protagonista do romance é Yambo, um homem de meia-idade e culto profissional do ramo de livros antigos, que perdeu a memória após sofrer um infarto. Ele não se lembra onde está, como se chama nem de qualquer momento de sua infância e de sua família, mas recorda-se do enredo de cada livro e jornal que leu e de cada linha de poesia. Numa tentativa de recuperar a memória adormecida, ele retorna à casa de campo de seu avô, onde passou parte de sua infância e de sua adolescência. Lá ele encontra uma coleção de jornais, revistas, livros, gibis, figurinhas de álbuns, pôsteres, discos de 78 rotações, hinos fascistas, as ondas curtas, heróis e vilões que o levam à Itália dos anos 1930 e 1940. De Flash Gordon, Dicky Tracy, Julio Verne e Fred Astaire até Mussoline e a Segunda Guerra, o passado vem à tona. As recentes descobertas, no entanto, não conseguem preencher o vazio de uma única imagem, a de seu primeiro amor, que Yambo passa a buscar desesperadamente. A Misteriosa Chama da Rainha Loana é um romance-fábula sincero, envolvente, cheio de calor, de saudades e de buscas por paixões esquecidas no passado, sejam uma mulher, um homem, um livro, um objeto ou a si próprio. |
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