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Por Dark Marcos 07/11/2010
É fato, sim, que o sucesso deveu-se a inovação dentro do gênero de super-heróis, a boa administração (e massificação) dos novos títulos que surgiam e um pouco de sorte. Nas primeiras histórias, e em um curto espaço de tempo, é perceptível que todos os personagens sofreram ajustes, alguns deles drásticos. Chame de percepção entre os leitores ou mesmo de desenvolvimento dos personagens, mas as mudanças de direção levavam até algumas idéias para o esquecimento. Consolidou-se como evento de surgimento do Universo Marvel, a estréia do Quarteto Fantástico, em Novembro de 1961, em sua própria revista, apresentando um grupo de aventureiros que ganham poderes estranhos e decidem usá-los para combater o mal. Pelo menos, em teoria. A verdade é que o Quarteto nem mesmo usava um uniforme colorido, típico de super-heróis, e a única ameaça que enfrentam é um grupo de gigantescos monstros liderados por um pária da sociedade conhecido como Toupeira. Ou seja, além de enfrentarem alguém que nem bem era um supervilão declarado, de certa forma eram quase que personagens coadjuvantes de uma história de ficção com monstros, gênero também muito popular desde a década de 50.
E tanto a criação quanto o próprio nome do personagem é a prova mais imediata de como a evolução dentro da Marvel foi gradual. Seu nome, na verdade, era Doctor Droom. Isso nas primeiras histórias. Futuramente, seria alterado para Doctor Druid, uma vez que o principal inimigo do Quarteto, Doutor Destino, tinha um nome parecido (Doctor Doom, no original). Também criado pelo escritor Stan Lee e pelo desenhista Jack Kirby (os “arquitetos” responsáveis pela criação dos principais heróis da Marvel), a gênese do Doutor Druida mostrava que era um personagem místico treinado por um ancião tibetano. Esse fato também seria aproveitado mais no futuro ainda, quando um herói parecido seria criado: o Doutor Estranho. Com isso, Druida se tornaria uma espécie de “reserva” de herói místico da Marvel.
Tudo isso, de certa forma, foi uma maneira de homenagear e mostrar respeito pelo personagem que, afinal, foi o precursor dos heróis superpoderosos da editora. |
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