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Resenha: Vale dos Dragões
Por Cadorno Teles
01/07/2008

Clara, deste pequena, sonha em montar um dragão. Seu pai, Huw, o Mestre dos Dragões do renomado Vale dos Dragões, não permite, pois sua mãe morreu em um incidente infeliz num treinamento com um dragão pouco antes de Clara iniciar seu aprendizado de vôo com os magníficos animais. Após o acidente, Ruw proibiu sua filha de montar um dragão, mesmo ela ajudando na organização do haras e até a treinar novos cavalariços.

Localizado nas ilhas de Bresal, um arquipélago separado do nosso mundo por um manto de nevoeiro tão cerrado que é praticamente impenetrável, o haras é a principal formação de uma das ilhas, e é de lá que Clara observa grupos de guarda e caça atravessando os céus e torce por seus amigos nos torneios. Mas todo o tempo, ela planeja voar em um dragão, e o seu preferido, Dançarino do Céu, é um dragão rebelde, capturado ainda filhote, mas que se recusa ser treinado, montado ou cuidado por ninguém, a não ser a garota.

Às vésperas do grande Campeonato das Ilhas, Clara se sente compelida a participar, contudo após uma discussão com a filha do Grão-Lorde, a cruel Hortense, vê seu sonho ganhar as alturas. Pois Hortense arquiteta uma vingança contra a menina, convence o pai a comprar o Dançarino do Céu para ela, o que fará Clara? É esse o ponto de partida da narrativa de Vale dos Dragões (Dragonsdale, tradução de Alves Calado, Galera Record, 240 páginas, R$ 29,00), estréia na literatura da jovem repórter Salamanda Drake, que com seus 16 anos, conseguiu trançar uma história simples, mas bem feita, uma aventura cheia de perigos e de triunfos que irá manter os jovens leitores envolvidos, contudo faltaram na versão brasileira os desenhos a lápis de Gilly Marklew.

Vale dos Dragões já despertou o interesse de diversas companhias cinematográficas. Com um estilo bastante pormenorizado e uma descrição rica das personagens e dos locais, o livro, o primeiro de uma série de cinco, transporta o leitor para um encantador mundo, mas que não segue o terreno da literatura fantástica, por ser mais uma agradável introdução para os jovens leitores ao gênero que Tolkien deu asas com a saga do Anel.

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