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Entrevista: Guto Lacaz
Por Eloyr Pacheco e Ilsson Siriani
21/11/2008

O “multi-homem” Guto Lacaz (saiba mais sobre ele aqui) ministrou nesta semana uma palestra na UNOPAR de Londrina (saiba mais aqui) e surpreendeu o público com a sua simpatia e atenção. Seu trabalho é único, extraordinário, merecedor do reconhecimento e dos prêmios que recebe. Dono de uma carreira sólida e vitoriosa, Guto Lacaz de pronto aceitou conceder esta entrevista para o Bigorna.net. Nela é comenta seus gostos, seu relação com o computador, e como foi que criou a “bomba” que hoje simboliza o Troféu HQ Mix.

Como foi que você descobriu sua vocação para as artes? E como foi que optou em atuar nas artes gráficas?

Descobri 4 anos depois de formado em arquitetura. Vi o cartaz do concurso Objeto Inusitado e inscrevi trabalhos que já tinha feito durante os anos de escola. Ganhei um prêmio. Foi uma iluminação! Procurei me profissionalizar. Na faculdade tinha o curso de Comunicação Visual, que gostava muito e que já imaginava ser uma opção profissional. Depois, alguns amigos foram me convidando para fazer trabalhos que fizeram sucesso e fui me estabelecendo.

É mais fácil um artista aprender a lidar com um computador do que um técnico ou especialista em determinado programa se tornar um artista. Você concorda com esta afirmação?

Computador é uma ferramenta sofisticada, mas só não aprende quem não quer. Esse problema vai diminuir com o tempo, pois as pessoas já estão nascendo digitais. Um artista é um técnico – um técnico é um artista.
 
Como é a sua relação com os computadores? Um simples instrumento de trabalho?

Bem básica, só sei o que preciso para o dia a dia (illustrator 9). Para outros programas contrato assistentes e faço a direção de arte.

No seu site não há imagens de referência retiradas de Histórias em Quadrinhos, mas com certeza você deve ter os seus autores preferidos. Quais são eles?

Gosto de cartum, mas não de Quadrinhos. Não tenho saco para ler tanto “balum”. Mas sempre achei que os desenhistas virtuosos estão nos Quadrinhos.

Uma seqüência da pergunta anterior: Esses artistas influenciaram de alguma maneira o seu trabalho?

Gosto muito do Bolinha. De uma certa forma ele sempre aparece. Fiz uma ilustra (no site). Um disco voador em uma biblioteca. Puro Bolinha.

Há dez anos você tem suas ilustrações publicadas na Caros Amigos, uma revista que possui forte tendência ideológica e social. Acredita que a sua arte também contribua com essa ideologia?

Não há o que não seja ideológico. A Caros é engajada, mas meu desenho é mais para o poético, o nonsense, etc... e tal. Pertence a um mundo paralelo.

Na sua palestra em Londrina comentamos que você criou a famosa “bomba” do HQ Mix que hoje é a marca do mais famoso prêmio de Quadrinhos do Brasil. Como se deu essa criação?

Foi um processo de livre associação em busca de um ícone que representasse Quadrinhos. Tinha o cofre caindo, a bomba, “balum”, splash e mais alguns que não me lembro... achei que a bomba resolveria. Foi super legal, pois colocávamos um pedaço de pavio e acendíamos e jogávamos para o vencedor. Uma fumaceira!

Todo herói de Quadrinhos que se preza possui um poder e uma fraqueza. E o Guto Lacaz?

Meu poder é meu constante desejo de um nova idéia. Minha fraqueza é minha timidez que me trava diante do outro/a.

Como você vê o mercado de trabalho hoje para o Designer Gráfico e demais profissionais da área?

Isso eu não sei responder. Posso dizer que não vivo só de design gráfico. Componho minha renda com todo tipo de trabalho que aparece ou que faço para vender.

Uma dica para os “marinheiros de primeira viagem”, principiantes e interessados em trabalhar com Artes Gráficas, especialmente ilustrações.

Vivam da melhor forma no melhor dos mundos.

O Bigorna.net agradece a Guto Lacaz pela entrevista concedida por e-mail e finalizada no dia 21 de novembro de 2008

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