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Resenha: Violent Cases
Por Humberto Yashima
22/04/2008

A graphic novel Violent Cases (HQM Editora), escrita por Neil Gaiman e ilustrada por Dave McKean, foi originalmente publicada na Inglaterra pela Titan Books em 1987, marcando a primeira colaboração entre essa dupla de hoje renomados autores ingleses, responsável por obras como Orquídea Negra, Sandman, Signal to Noise e Mr. Punch.

A história é narrada por um personagem – muito parecido com o próprio Neil Gaiman – que relembra fatos de sua infância, quando foi tratado por um osteopata que anteriormente havia trabalhado para o gângster Al Capone. Violent Cases explora o relacionamento do narrador com o seu pai – que acidentalmente deslocou o braço do filho e por isso teve que levá-lo ao osteopata -, além das histórias que o osteopata conta para o menino.

É interessante notar como Gaiman trabalha bem a forma como narrador relembra daqueles acontecimentos de quando era apenas um garoto, de forma imperfeita e às vezes fantasiosa. Falhas de memória comuns para uma criança que ainda não está preparada para assimilar tudo que ouve ou presencia. Um exemplo disso ocorre quando o menino confunde violin cases (estojos para violinos) com violent cases (maletas violentas), um trocadilho que também quer dizer casos violentos.

A arte de McKean é, como de costume, um espetáculo à parte: nesta versão “colorida” da obra – originalmente impressa em preto e branco pela Titan em 1987 e depois reimpressa nas cores originalmente imaginadas pelo artista -, predominam os tons de azul, marrom e cinza. A belíssima edição de luxo da HQM, com capa dura, contém uma introdução de Neil Gaiman, guia de Referências da obra e Biografias dos autores. Excelente opção de leitura.

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