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Crítica: A Troca
Por Renata Valente
12/01/2009

Este surpreendente filme dirigido e produzido por Clint Eastwood traz o universo de Los Angeles, na década de 1920, numa belíssima atuação de Angelina Jolie. O roteiro fala sobre a rotina de uma mãe solteira da classe operária e sua relação com seu filho de 9 anos, que tem de ficar sozinho num sábado, enquanto ela sai para trabalhar, isso, em 1928. Para mim, o filme tem inúmeras cenas difíceis de digerir, por uma questão de identificação, pois coincidentemente, tenho um filho desta idade e uma relação (mãe e filho) parecida com a retratada pelo excelente roteirista J. Michael Straczynski, criador da série de TV Babylon 5 e também autor de diversas Histórias em Quadrinhos do Homem-Aranha.

O filho da personagem desaparece e então começa uma busca frenética e exaustiva que resulta no aparecimento de seu “filho”, cinco meses depois. O pesadelo começa quando ela percebe que é vítima de uma armação e se vê obrigada a levar uma criança para casa que ela sabe não ser seu filho verdadeiro, algo muito difícil para uma mãe. A situação beira o incontrolável quando Christine (Jolie) começa a pressionar as autoridades, incentivada por um reverendo presbiteriano (lindamente interpretado pelo grande John Malkovich) para que continuem a procurar seu filho. Para mulheres, o comportamento tido como inaceitável na época teve um alto preço, principalmente, para um filme baseado em fatos reais.

Um verdadeiro “soco no estômago”, A Troca emociona e toca fundo principalmente mulheres e mães: um filme de belas atuações, comovente e que ambienta maravilhosamente a América desta época. Trata-se de uma filmagem em ambientes escuros, com lindos figurinos e belíssima trilha que, certamente, colecionará indicações ao Oscar, mordiscando algumas estatuetas.

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