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Crítica: O Dia em que a Terra Parou
Por Renata Valente
12/01/2009

Aqui, em minha estréia (sem acento), já vou avisando que ainda irei me adaptar completamente à nossa “querida” reforma ortográfica e, desde já, peço desculpas ao leitor. O Dia em que a Terra Parou (remake do clássico de 1951) não se trata de uma animação em Flash de um site descolado, mas é realmente um destes filmes divertidos, ou melhor, engraçados, ou ainda, hilários, que não convencem, desafiam a inteligência do espectador e nos fazem descobrir a todo o instante o quanto Keanu Reeve engana a nós e a si próprio, fingindo ser um ator consagrado por seu talento, e tentando convencer a si próprio de que sua vida é realmente plantada neste planeta, nesta dimensão.

Scott Derrickson, diretor conhecido por filmes de terror e teor sobrenatural (como O Exorcismo de Emily Rose) trabalha com um enredo que fala de uma importante cientista, interpretada pela magnífica e estonteante Jennifer Connely, que se vê cara a cara com um alienígena, o Klaatu, que vocês já sabem quem é. Ele, o bonitão, atravessa o universo (uau!) para nos avisar da iminência de uma crise global.... fantástico, não? E... quando forças que fogem do controle de Helen ameaçam o extraterrestre (com o corpo terrestre), que consideram hostil, e negam seu pedido de conversar com os líderes mundiais, ela e seu enteado, Jacob, (lindamente interpretado por Jaden Smith, ele mesmo, filho de Will) rapidamente descobrem as decorrências mortais da alegação de Klaatu, que é “um amigo do planeta Terra”, eu posso como isso?

Então... Helen tem de encontrar uma maneira de convencer a entidade enviada para nos destruir de que vale a pena salvar a humanidade, mas pode ser tarde demais. Enfim, com poucas modificações em relação ao roteiro original, esta versão ecologicamente correta apresenta soluções simplistas, discurso politicamente correto e está recheada de merchandising descarado (redes de lanchonete, marcas de relógio), é um filme totalmente vendido. Os diálogos são hilários: ritmados e totalmente desconexos, se perdem em meio aos riquíssimos e belos efeitos visuais: até a famosa “fumaça de Lost” parece um detalhe diante de algumas cenas do filme. Fato interessante é que nesta versão, diferente da anterior, nosso amigo extraterrestre desembarca em Nova York, em pleno Central Park (isso já está virando moda) e não em Washington, D.C.

Trata-se de um vídeo-game, parecido com filmes da linha Independence Day e não com os de ficção científica. Mas, para que você não pense que sou apenas uma velha rabugenta e mal amada que critica filmes de grande bilheteria sem razão, reforço que o filme irá divertir muita gente, desde que estes não levem o filme a sério, estejam de férias e dispostos, apenas, a relaxar.

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