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Crítica: O Procurado
Por Edu Fernandes
22/08/2008

Fidelidade zero

Wesley é um contador frustrado que não consegue impor suas opiniões e desejos. Ele odeia seu trabalho e é reprimido por todos. Sua chefe o humilha publicamente, sua namorada está tendo um tórrido caso com seu melhor amigo e ele não encontra motivações. Um dia Wesley é abordado por Fox, que lhe revela fatos sobre o pai dele, que abandonou a família quando ele tinha apenas uma semana de vida.

Sr. Gibson era uma dos mais perigosos assassinos que o mundo já conheceu, mas caiu em uma emboscada e acabou morto. O responsável pelo assassinato agora está atrás de Wesley, que deve entrar para a Fraternidade para se tornar o mais mortal possível e conseguir responder à altura. A Fraternidade é um grupo de assassinos com habilidades especiais que matam pessoas que são escolhidas pelo destino.

Quem leu os Quadrinhos que deram origem ao filme O Procurado (Wanted) já pôde perceber que a fidelidade foi deixada de lado. As principais perdas com essa escolha que fere os sentimentos dos fãs é a inversão de valores e o sarcasmo da HQ. Em vez de ser um supervilão que quer curtir a vida e cometer seus crimes com a certeza de impunidade, no filme o protagonista tem a nobre missão de vingar a morte de seu pai. Toda a maldade e revolta que estão nos Quadrinhos acabaram se diluindo em um roteiro fraco em nome de conseguir um produto mais acessível para o público adolescente.

Como filme de ação, O Procurado funciona muito bem. Infelizmente os méritos poderiam ser amplificados, mas os elogios param por aí. O humor é bem antenado com a revolta adolescente e as cenas de ação são empolgantes. O roteiro é que não soube fazer bem a transição entre mídias: o texto quer ser mais realista do que a HQ, mas não consegue se livrar totalmente dos elementos fantásticos. No final, ficar no meio do caminho não é a melhor opção.

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