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O homem que tudo podia
Por Dark Marcos
19/10/2010

Mesmo depois de décadas, Superman continua sendo o protótipo de todos os super-heróis. Para o bem ou para o mal. Essa bagagem de responsabilidade parece ter se acumulado com o tempo e chegou ao limite na Era de Prata. É como se os poderes do personagem fossem cumulativos e, por mais que parecessem avassaladores, ainda assim não mostravam sinal de ter fim.

Décadas antes, as aventuras do Superman (bem como de outros personagens da editora DC Comics) mais pareciam contos utilizando o personagem, sem se importar com uma linha cronológica que o guiasse. Durante a Era de Prata, alguns detalhes foram surgindo para serem incorporados a mitologia do personagem, como se fossem “regras” as quais eram necessária para se contar uma história com ele. Mesmo assim, a imaginação dos autores, assim como os superpoderes de Kal-El (ou Clark Kent) era ilimitada.

Alguns pontos foram incorporados a essa nova roupagem, como o fato do herói ter vestido o famoso uniforme com o “S” no peito quando tinha apenas oito anos de idade, sendo conhecido como Superboy. Essa versão, na verdade, já havia sido criada anos antes, mas como uma espécie de conto alternativo do herói. Ele seria conhecido como Superman apenas quando saísse da pequena Smallville para estudar em uma faculdade em Metrópolis.

Os anos 60 e 70 também mostraram forte influência de uma mídia que também mostrava suas forças aumentar a cada dia: a TV. Clark Kent deixava então de ser um simples repórter de um jornal escrito, o Planeta Diário, para se tornar âncora de um jornal televisionado, ocasião em que Morgan Edge havia comprado o Planeta e incorporado a sua extensa (e poderosa) rede de jornalismo.

Quanto aos poderes do herói, como dito, pareciam não ter fim. Servindo como uma espécie de bateria solar viva, o Superman era capaz de fazer quase tudo, graças à gravidade de nosso planeta, diferente da de seu planeta natal, Krypton, e também a influência do nosso Sol amarelo.

Sua força era tamanha que ele era capaz não apenas de levantar montanhas, mas de mover planetas inteiros. Sua visão não era apenas aguçada ou capaz de enxergar a grandes distância (grandes mesmo!), mas também era apurada a nível microscópico. Não precisava exatamente se alimentar ou dormir e, em alguns casos, levava a crer que nem mesmo respirar era tão vital assim.

Havia exageros, é claro, como transformar em “super” qualquer sentido que vinha do kriptoniano. Tato e olfato, por exemplo, era um prato cheio para a criatividade dos autores. Até mesmo a inteligência era privilegiada graças às condições que lhe davam superpoderes. Isso sem falar nos famigerados super-ventriloquismo (capacidade de projetar sua voz em locais onde não estivesse), do super-sopro (o nome diz tudo) e, pasmem, do super-hipnotismo (muito útil para fazer esquecer sua identidade secreta, quando era descoberta).

Os poderes do Superman iam até mesmo além do próprio personagem. O universo a volta dele refletia isso dando um ar de “super” a tudo a sua volta. A mais notável incursão dessa abrangência foram os super-animais. Além do já conhecido Kripto, o super-cão, ficaram populares um super-cavalo, um super-macaco e um super-gato.

Uma era notável onde os escritores e desenhista não poupavam idéias e tornavam o absurdo algo a ser superado. Sempre. Para o alto... e avante.

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