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Comando Selvagem - parte 2
Por Dark Marcos
16/05/2010

Apesar de cada um dos integrantes trazer características que pareciam distintas, quando entravam em ação suas personalidades foram pouco exploradas. Todos pareciam soldados coadjuvantes, entre tantos outros que atuavam em meio a Guerra. Os únicos destaques eram Nick Fury, por óbvio motivo de ser o líder e estar sempre em evidência, e Dum-Dum, que interagia mais com o líder, fazendo o personagem cômico e descontraído da série.

Já o nome do grupo, Comando Selvagem, não era apenas um apelido de guerra e superpatriota. De fato, quando entravam em ação, o Comando era literalmente Selvagem, para não dizer insano, atirando e destruindo tudo que encontrava pela frente. Para o leitor mais desavisado, a impressão que se dava é que eles nem mesmo tinham um objetivo. Eram jogados no meio de uma Guerra e procuravam fazer o maior número de vítimas e estrago possível. Chegava a ser surreal. Eram apenas sete soldados contra praticamente todo o exército alemão na Segunda Guerra. Mas agiam como se estivessem possuídos, numa sede de destruição tamanha que fazia a desvantagem numérica inverter e deixar todos os nazistas em desvantagem.

O espírito desenfreado de guerra que acompanhava o Comando fica bem exemplificado em uma cena em que Dum-Dum, sozinho, enfrenta um batalhão de nazistas apenas munido de uma metralhadora. Atirando sem parar ele diz seguir a seguinte estratégia: atirar até quando as balas acabarem e quando as elas acabarem, atirar as próprias armas. E quando as armas acabarem atirar qualquer coisas que tenha a mão. E quando qualquer coisa que se possa atirar acabar... atirar-se contra os inimigos. Literalmente, o enfezado comandado segue o que prega e os nazista ficam embasbacados com a insanidade do inimigo.

Stan Lee tinha um estilo bem-humorado para escrever as histórias da época, conduzindo bem a narrativa a ponto de fazer o leitor esquecer os absurdos da situação. O grande lance das histórias era imaginar a forma criativa que os personagens agiriam para escapar das ameaças e problemas que encontravam em seu percurso. Numa dessas absurdas investidas, o Comando Selvagem tenciona entrar em um campo de concentração para libertar, de dentro pra fora, todos os condenados que ali estão. A missão por si só já é pra lá de suicida. Mas nada se compara aos meios utilizados para chegar a seu fim. Com os uniformes estropiados, o grupo se passa por fugitivos dos tais campos e cercam um soldado alemão, alegando que querem voltar pois sabem que não terão chance contra o exército alemão fora das cercas. A cena com sete truculentos soldados cercando um único e franzino (intencionalmente desenhado assim, para aumentar ainda mais o teor cômico do momento), forçadamente rastejando aos pés dele, é hilária.

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