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Por Ruy Jobim Neto 24/07/2008 Troféu HQ Mix completa 20 anos com toda força
A dupla JAL e Gual (é assim mesmo, JAL em maiúsculo por que se trata da sigla do nome do cartunista José Alberto Lovetro) são os pais de um guri de 20 anos, o Troféu HQ Mix, muito bem comemorado, por sinal, na noite de quarta-feira, 23 de julho, no Teatro do SESC Pompéia (evento divulgado aqui). Estava todo mundo por lá, e todos estão de parabéns, desde os premiados (entre eles os recordistas de prêmios Angeli, Laerte e Fernando Gonzales), os mais antigos (Mauricio de Sousa falando de seus negócios na China e apresentando Mônica em formato mangá, além de trazer ao palco dois novos personagens) e novíssimos como Cadu Simões (Roteirista Revelação) e Jozz (Desenhista Revelação).
As gerações que se abriram para o mercado editorial brasileiro a partir não só do Salão de Piracicaba (o pai de todos os salões brasileiros, que pipocam afortunadamente Brasil afora) como do Troféu HQ Mix apresentaram verdadeiros núcleos de produção, como o pessoal de Curitiba (PR) que tem vindo muito forte, tendo aparecido em longas e curtas-metragens, fanzines, publicações alternativas e outras nem tanto, ou os desenhistas e colunistas de Quadrinhos. Neste ano, o tom do HQ Mix foi dado pelo centenário da Imigração Japonesa. No palco, não só os Parlapatões brincavam com a platéia, como duas bandas (Jumbo Elektro e Cérebro Eletrônico, na verdade formada pelos mesmos caras, só que com nomes e figurinos diferentes), mas o show começou com batidas dos tambores japoneses. Um luxo. A cerimônia foi uma das mais longas até agora. Como brincou o próprio Gual, parecia Woodstock. Tudo começou lá pelas 19h (eu mesmo cheguei uma hora e meia depois, uma vez que me encontrava no Anima Mundi, cobrindo para o Bigorna.net o Festival de Animação), mas Paulo Ramos disse ter chegado e montado seu laptop online com a UOL desde às 18h30. Tudo terminou além das 23h30. Foi uma jornada que teve muitos prêmios, trailers e o divertidíssimo curta-metragem Dossiê Rê Bordosa, filme (superpremiado e atualmente em exibição no Anima Mundi) de César Cabral com duração de 16min e que foi produzido em 2007, todo feito de massinha, com "depoimentos" de Toninho Mendes, Laerte (divertidíssimo), o próprio Angeli e tantos outros, falando sobre o assassinato da “porralouca”.
Quem fez imagem forte foi o pessoal do selo Quarto Mundo, que vem com tudo e subiu ao palco, todos eles com camisetas vermelhas e o logo em amarelo, no peito, Cadu Simões no microfone. Spacca, Melhor desenhista nacional de 2007, fez um discurso que, como disse Paulo Ramos em seu Blog (também premiados blogueiro e o Blog dos Quadrinhos), praticamente relativizava sua premiação. Mas fica a lembrança de uma grande festa onde todos se encontram ou anualmente no SESC Pompéia ou mesmo nos lançamentos efusivos na HQ Mix de Gualberto e Dani. Como o JAL mesmo colocou, 20 anos do Troféu é sinal de que alguma coisa positiva continuará no mundo dos Quadrinhos nacionais. Que bom. Confira uma montagem com mais algumas fotos do HQ Mix 2008 aqui. (fotos: Gil Tokio) |
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