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Como foi: entrega do Troféu HQMIX 2008 (SP)
Por Ruy Jobim Neto
24/07/2008

Troféu HQ Mix completa 20 anos com toda força

JAL e Gual

A dupla JAL e Gual (é assim mesmo, JAL em maiúsculo por que se trata da sigla do nome do cartunista José Alberto Lovetro) são os pais de um guri de 20 anos, o Troféu HQ Mix, muito bem comemorado, por sinal, na noite de quarta-feira, 23 de julho, no Teatro do SESC Pompéia (evento divulgado aqui). Estava todo mundo por lá, e todos estão de parabéns, desde os premiados (entre eles os recordistas de prêmios Angeli, Laerte e Fernando Gonzales), os mais antigos (Mauricio de Sousa falando de seus negócios na China e apresentando Mônica em formato mangá, além de trazer ao palco dois novos personagens) e novíssimos como Cadu Simões (Roteirista Revelação) e Jozz (Desenhista Revelação).
 
A comissão, presidida por Sonia Bibe Luyten também estava de parabéns. Como diz o próprio Gual (Gualberto Costa, hoje dono da HQMIX Livraria, ao lado de sua esposa Daniela Baptista), é um momento dos pais da criança passarem a bola, depois de tantos anos, é o momento da aposentadoria. Claro, uma aposentadoria com comedimento e carinho. O Troféu HQMix não se tornou o que é hoje se não fosse a luta deles e do apresentador Serginho Groismann que, nos idos anos 80, no programa TV Mix, criaram juntos essa premiação em escala nacional, muito importante nos anos em que os cartunistas tinham um inimigo público em comum, a ditadura militar.

O apresentador Serginho Groismann

 
As gerações que se abriram para o mercado editorial brasileiro a partir não só do Salão de Piracicaba (o pai de todos os salões brasileiros, que pipocam afortunadamente Brasil afora) como do Troféu HQ Mix apresentaram verdadeiros núcleos de produção, como o pessoal de Curitiba (PR) que tem vindo muito forte, tendo aparecido em longas e curtas-metragens, fanzines, publicações alternativas e outras nem tanto, ou os desenhistas e colunistas de Quadrinhos. Neste ano, o tom do HQ Mix foi dado pelo centenário da Imigração Japonesa. No palco, não só os Parlapatões brincavam com a platéia, como duas bandas (Jumbo Elektro e Cérebro Eletrônico, na verdade formada pelos mesmos caras, só que com nomes e figurinos diferentes), mas o show começou com batidas dos tambores japoneses. Um luxo.
 
A cerimônia foi uma das mais longas até agora. Como brincou o próprio Gual, parecia Woodstock. Tudo começou lá pelas 19h (eu mesmo cheguei uma hora e meia depois, uma vez que me encontrava no Anima Mundi, cobrindo para o Bigorna.net o Festival de Animação), mas Paulo Ramos disse ter chegado e montado seu laptop online com a UOL desde às 18h30. Tudo terminou além das 23h30. Foi uma jornada que teve muitos prêmios, trailers e o divertidíssimo curta-metragem Dossiê Rê Bordosa, filme (superpremiado e atualmente em exibição no Anima Mundi) de César Cabral com duração de 16min e que foi produzido em 2007, todo feito de massinha, com "depoimentos" de Toninho Mendes, Laerte (divertidíssimo), o próprio Angeli e tantos outros, falando sobre o assassinato da “porralouca”.

Jozz, o Desenhista Revelação de 2007

 
Quem fez imagem forte foi o pessoal do selo Quarto Mundo, que vem com tudo e subiu ao palco, todos eles com camisetas vermelhas e o logo em amarelo, no peito, Cadu Simões no microfone. Spacca, Melhor desenhista nacional de 2007, fez um discurso que, como disse Paulo Ramos em seu Blog (também premiados blogueiro e o Blog dos Quadrinhos), praticamente relativizava sua premiação. Mas fica a lembrança de uma grande festa onde todos se encontram ou anualmente no SESC Pompéia ou mesmo nos lançamentos efusivos na HQ Mix de Gualberto e Dani. Como o JAL mesmo colocou, 20 anos do Troféu é sinal de que alguma coisa positiva continuará no mundo dos Quadrinhos nacionais. Que bom. Confira uma montagem com mais algumas fotos do HQ Mix 2008 aqui.

(fotos: Gil Tokio)

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