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Resenha: Irmão lobo
Por Cadorno Teles
01/06/2007

Uma busca impossível... Um herói... A jornada épica de um menino e um lobo

Imaginem um livro que, mesmo antes de ser publicado, já rendeu ao autor um adiantamento milionário, e olha que era a sua estréia na Literatura. Um livro que o consagrado ator Ian McKellen (o mago Gandalf de O Senhor dos Anéis e o Magneto da trilogia X-Men, entre outros memoráveis personagens), ao emprestar sua voz para o áudio-livro do best-seller, considerou uma das obras mais cativantes que recentemente já leu. Um livro com um êxito tamanho em vendas que o conhecido diretor Ridley Scott (Alien – O Oitavo Passageiro; Blade Runner; Gladiador; Hannibal) comprou seus direitos para levá-lo ao Cinema.
    
O autor, ou melhor, a autora em questão, é a inglesa Michelle Paver, que recebeu um adiantamento de cinco milhões para escrever Irmão Lobo (Rocco, tradução de Domingos Demasi, 248 págs.) o primeiro livro da saga Crônicas das Trevas Antigas, formada por cinco volumes. É sua primeira incursão à literatura fantástica, conseguindo ser aclamada tanto pelo público como pela crítica especializada. O livro já vendeu mais de um milhão de exemplares em todo o mundo, um título de aventura que atrai jovens e adultos em mais de 35 idiomas. Michelle Paver já está sendo considerada a nova JK Rowling.
    
O seu Irmão Lobo transporta o leitor à Idade da Pedra, há uns 6.000 anos, em uma Europa antiga, paleolítica. Uma época que o homem ainda era nômade e vivia em clãs, retirando da natureza somente o necessário. Onde a identidade tribal era superior e a magia estava atrelada às forças da criação. Uma história considerada fantástica, que a autora ressalta que não é mágica, e sim real, pois poderia ter ocorrido. Paver construiu sua história com sua experiência, vivida em uma floresta para dar autenticidade aos seus personagens, e pesquisa: "viajei para a Lapônia, Noruega, onde dormi sobre pele de rena, provei bagas cavadas debaixo da terra e aprendi como carregar fogo no rolo de casca de bétula". 
    
A história
Torak é um jovem de 12 anos, órfão, que vive em uma floresta. Seu pai acabou de deixá-lo, assassinado por um estranho urso gigante e maléfico, possuído por um demônio. Antes de morrer, seu pai o faz jurar que encontraria A Montanha do Espírito do Mundo, para destruir o Urso que ameaçava destruir todos os clãs das florestas como também todos os animais e poderia se tornar invencível até certa data, que seria no aparecimento da Lua de Sangue Vermelho no céu. Sozinho e longe de seu clã, Torak encontra o seu animal guia, porém nem imaginaria que seria um lobo filhote, órfão como ele. Começa assim a missão desesperada do garoto, uma aventura que provará o seu valor, inteligência e a capacidade de caçador em uma região cheia de adversidades. 
    
Com uma narrativa precisa, Michelle Paver consegue despertar a curiosidade de uma época distante, logo após a idade do Gelo, mas bem antes do aparecimento da agricultura. Em capítulos curtos, rápidas descrições, belos diálogos, dando até voz ao Lobo, que ao seu modo, narra trechos da aventura, Paver faz desta história um épico com desafios ancestrais e grandes perigos, uma história sobre honra e respeito, que diverte, ensina e delicia.  

Curiosidades
Recentemente o diretor Ridley Scott comprou os direitos de filmagem da autora por quatro milhões de dólares. Segundo ele, "Irmão Lobo é um livro encantador. Michele criou um mundo que não vimos em nenhum filme. Estamos encantados ao trabalhar com ela neste projeto". A produção está nas mãos de Erin Upson e provavelmente as primeiras cenas serão gravadas no próximo ano.
   

A autora
As Crônicas das Trevas Antigas são a minha forma de realizar o que eu costumava sonhar quando tinha dez anos de idade: correr com lobos selvagens numa floresta pré-histórica. (Michelle Paver)

Michelle Paver nasceu no Malawi, onde seu pai, sul-africano, dirigia um pequeno jornal e sua mãe, belga, escrevia uma coluna de fofocas semanal. Em 1963, a família se mudou para a Inglaterra, devido a dificuldades diplomáticas entre países colonizadores e as colônias, estabelecendo-se em Wimbledon. Michelle sempre gostou e quis escrever, mas como acreditava que esta profissão não poderia sustentá-la, escolheu o Direito como carreira oficial. Em 1996, a morte de seu pai e a insatisfação profissional fizeram Michelle buscar algo que a fizesse mais feliz. Ela negociou um ano de licença no trabalho e partiu para uma longa viagem de pesquisa pelas Américas, África do Sul e Europa, que resultou no rascunho de seu primeiro livro.

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