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Resenha: Supremo – A Era de Ouro
Por Humberto Yashima
13/07/2007

Supremo – A Era de Ouro (Devir Livraria) é o primeiro dos quatro volumes que reunirão toda a fase do herói escrita por Alan Moore na época em que ele assumiu o roteiro de vários títulos da Image Comics. O personagem criado pelo péssimo roteirista e desenhista Rob Liefeld (sócio-fundador da Image que foi expulso da editora) era uma cópia mais violenta do Superman e Moore só aceitou o trabalho porque teve liberdade total para elaborar suas novas aventuras. Todas as histórias de Supremo escritas por Moore, originalmente publicadas pela Image e depois pela Maximum Press de Liefeld, foram reunidas em duas edições especiais (Supreme – The Story of the Year e Supreme – The Return) pela Checker Book. As HQs de Supreme – The Story of the Year foram anteriormente publicadas no Brasil pela Brainstore em 2003 com o título Supremo - A História do Ano: três edições para serem guardadas em um box especial que vinha como brinde. 

Os roteiros de Moore prestam homenagem às clássicas histórias do Superman, começando com a ida de Supremo à Supremacia, um lugar onde vivem diversas versões do herói (que incluem um “Supremo original” menos poderoso e que dá enormes saltos, pois não pode voar – como o Homem de Aço em suas primeiras HQs). Outras citações à mitologia de Kal-El (sem listar todas, pois são muitas): a cidade do herói é Omegápolis (Metrópolis); ele foi criado em Littlehaven (Smallville), onde agia como Kid Supremo (Superboy), tinha um supercão chamado Radar (Krypto) e namorou Judy Jordan (Lana Lang); seu arquiinimigo é Darius Dax (Lex Luthor); foi membro da Liga do Infinito (Legião dos Super-Heróis); tem uma base secreta chamada Cidadela Suprema (Fortaleza da Solidão); e seu interesse romântico é Diana Dane (Lois Lane).

Em Supremo – A Era de Ouro, a arte é muito bem utilizada na narrativa das HQs, com desenhos “modernos” a cargo de Joe Bennet (desenhista brasileiro), Richard Horie e J. Morrigan e flashbacks em estilo retrô de Keith Giffen, Rick Veith e Bill Wray. No capítulo 3 há uma ilustração de Dan Jurgens para a revista em Quadrinhos Omniman (explicando: o alter ego de Supremo, Ethan Crane, é desenhista de HQs!). A belíssima capa do álbum é assinada por Alex Ross; alguns de seus esboços para Supremo, Suprema e Radar são apresentados na galeria que fecha o livro.

Provando que bons roteiros conseguem tornar interessante até o pior dos personagens (e este era realmente ruim de doer, como explica o texto de apresentação escrito pelo editor Leandro Luigi Del Manto), Supremo – A Era de Ouro é uma boa opção para quem quer se divertir com o “Superman de Alan Moore” e encontrar todas as referências à mitologia do Último Filho de Krypton (e a outros clássicos das HQs) que o autor pôs em suas histórias.

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