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Arquivos Incríveis: Phenix # 0, de 1996, é dedicado praticamente toda ao Angelo Agostini
Por João Antonio Buhrer e Fernando Moretti
09/08/2010

Dois dos maiores pesquisadores de HQs do Brasil, Antônio Luiz Cagnin e Wagner Augusto, criaram em 1996 a revista Phenix, de estudos da linguagem dos quadrinhos e da arte gráfica. Esta primeira edição, número zero, foi praticamente toda ela dedicada ao Angelo Agostini, o artigo "As histórias em quadrinhos de Angelo Agostini", escrito por Antônio Luiz Cagnin, aborda a revolucionária caminhada desse jornalista e desenhista italiano - então jovem de 21 anos - pela estrada da imprensa ilustrada no Brasil Império. Agostini publicou o primeiro jornal ilustrado brasileiro: "Dom Quixote", em São Paulo, e é o grande precursor da HQ mundial (1869) - 30 anos antes do norte americano Yellow Kid. O texto se estende analisando as séries Nhô Quim (1869-1872), Zé Caipora (1883-1906), passa pela fase de caricaturista de Angelo e disseca os veículos: o Diabo Coxo (1864-1865), o Cabrião (1866-1867), Revista Illustrada (1876-1888), Dom Quixote (1895-1903) e o Malho (1904-1907). Mas não é só texto. A abordagem histórica é rica em ilustrações. Outras matérias como "Yellow Kid um moleque de 100 anos?!" e várias notas (seção registro) completam a edição.

A edição Nº1 traz artigos sobre Belmonte, grande caricaturista (criador do Juca Pato). O texto, comemorativo ao centenário, comenta fatos da vida dele, carreira, versatilidade do artista, curiosidades: como a correspondência entre Monteiro Lobato e Belmonte, os veículos nos quais trabalhou e muitas, muitas charges. Os quadrinhos de Belmonte são analisado por Antônio Luiz Cagnin, assim como suas ilustrações para capa de jornais, livros e álbuns.

Outro artigo aborda a morte de Magnus (Roberto Raviola) desenhista do Tex para álbuns texone (La valle del terrore) e a morte de Bovi, quadrinhista italiano, criador da série Sturmstrupen - na qual os personagens (soldados nazistas) que satirizavam suas aventuras no exército alemão. A seção "registro" completa a edição com muitas outras informações quadrinhísticas. Infelizmente a revista não prosseguiu,ficando apenas nestes dois números repletos de informações preciosas. Mais uma publicação histórica de vida curta!

A revista foi publicada pelo CLUQ (Clube dos Quadrinhos), editora do Wagner Augusto. Vejam neste arquivo os scans da edição número zero completa!

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